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Pedras que cantam e choram


Pavimento em paralelepípedo na Praça Gonçalves Dias.

Sob pesadas camadas de desconhecimento, desinteresse e insensibilidade materializada no escuro do betume, dorme parte da nossa história.

As pedras que de forma harmoniosa, formosa e geométrica, alinhavam o caminhar diário das ruas e calçadas de Caxias, estão soterradas sobre pesadas camadas de asfalto. Vez ou outra elas reaparecem, como se respirassem o ar urbano. Mas também como se gritassem por socorro. O asfalto teima em sair. E teimam em coloca-lo de volta.

Não é só estética, mas também conforto ambiental. O resíduo oriundo do petróleo esquenta consideravelmente a área em que está assentado. Com menos arvores nas vias publicas, com menos áreas verdes em nossa cidade e com um centro cercado por morros, qualquer politica para amenizar o clima deveria ser projeto de cidadania.

O nosso calor é natural devido a geografia. Mas que é ruim pode piorar. E está piorando. O crescimento urbano desordenado avança com desmatamento, ocupações irregulares em morros e destruindo rios. “Não se pode atrapalhar o crescimento. Pessoas precisam morar e trabalhar”, dizem. E não estão errados nessa afirmação. O que está errado é o conceito de crescimento que eles acreditam ser. Crescimento, desenvolvimento e progresso são bem diferentes. Desenvolvimento de uma sociedade vem com melhores condições de vida. E o seu progresso econômico e social é consequência. Crescimento se não for com planejamento pode trazer as mazelas de uma sociedade conflituosa. Cidade grande com problemas crescentes.

O pavimento de nossa história, fundamental para nosso desenvolvimento, está ali abaixo. E em cima dele o tal do crescimento.


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