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Fábio Kerouac

Um poeta caxiense em Hamburgo

Vai uma cerveja, meu amigo?


O garçom ao fundo da foto está trazendo um sanduíche americano pra mim. Antes ele tinha trazido um suco de laranja com acerola depois de eu ter recusado uma cervejinha, isto às 22h e poucos minutos num bar/lanchonete na Frei Caneca, uma travessa da Avenida Paulista, uma rua paralela ao meu endereço na capital paulista, a Peixoto Gomide.

"Então o negócio foi pesado!", disse ele depois que eu contei o motivo por eu não beber mais quando ele disse a frase do título da coluna assim que eu sentei na lanchonete/bar, local, como muitos outros que frequentei em São Paulo, havia a presença do tinhoso álcool. Nem por isso eu sucumbi às tentações do Demo!

Eu poderia citar vários locais, tais como o Charme da Paulista, meu point preferido na Avenida Paulista pra sentar e comer um sanduíche bauru ou o boteco Domínio na mesma avenida, onde eu tomei um cafezinho num copo americano. No mesmo balcão em que eu inúmeras vezes tomei uma Skol gelada em outros tempos.

Pra um desses locais em que a minha terapeuta diria que a minha memória alcoólica poderia ser despertada fui levado numa terça-feira por uma amiga dos velhos tempos, a Ana, (os mais velhos vão lembrar da Lua Cigana). Este local, o Steel Bar, é frequentado por Marceleza e Ana (ex-proprietários da Lua Cigana) às sextas-feiras e às vezes quando lhe dão na telha. Ali se encontram motoqueiros e não motorizados para ouvir o bom e velho rock in roll, que é tocado ao vivo, e tomar algumas cervejas.

Estive no meio deles por algum tempo e não me deixei levar pelo bom clima e fui ouvir música flamenca no Bourbon Street, o templo do blues em São Paulo. Este, assim como o Steel Bar, está localizado no Moema, bairro que frequentei nos anos 80 quando morei em Sampa. Diferente do meu tempo de adolescente eu não bebi, não enchi a cara, como fiz inúmeras vezes no passado, embora eu tenha sentido a presença de alguns fantasmas ao andar por ruas onde eu perambulei muitas vezes trôpego e sem destino!


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