Deu a lógica na eleição pra Primeiro Cidadão (assim é chamado o prefeito na Alemanha) na cidade de Hamburgo, que mesmo sob chuva constante foi às urnas nesse último domingo, dia 23. O prefeito (Erster Bürgermeister) Peter Tschentcher, que governa a cidade desde 2018 (seu antecessor assumiu um cargo no Governo de Angela Merkel e deixou o cargo pra ele) recebeu 39% dos votos. Segundo os especialistas isso foi um péssimo resultado, já que na eleição de 2015 o partido dele, o PSD, teve 45,6%. Quem também teve um péssimo resultado foi a segunda força em Hamburgo, o CDU (o partido da chanceler alemã, Merkel), que teve apenas 11,2% dos votos, na última eleição obteve 15,9%. Mas como se isso não fosse suficiente, o CDU cedeu o posto de segunda força política para o Partido Verde, que saiu de 12,3% (2015) para incríveis 24% dos votos!
Eu, caro leitor, votei pra Katharina Fegebank, que num dos seus cartazes dizia: Primeira Mulher. Primeiro Verde. Primeira Eleição. O tempo é agora (vejam na foto abaixo). Eu e 36% das pessoas que votaram pela primeira vez votaram na candidata do Partido Verde de Hamburgo, que já responde como vice-prefeita da cidade, mas a lei eleitoral alemã não impede o vice de concorrer ao cargo maior, já que o prefeito e vice-prefeito não concorrem na mesma chapa, o vice geralmente vem do partido que irá compor o governo com o partido mais votado. Como representante agora da segunda maior força política de Hamburgo, Katharina deve continuar como vice-prefeita, pois o PV deve compor com o PSD.
Eu fico feliz por ter contribuído com o progresso do Partido Verde de Hamburgo e fui dar minha contribuição logo nas primeiras horas das eleições, às 9h da manhã eu já estava no ginásio próximo da minha residência dando o meu primeiro voto para Katharina Fegebank e dividir meu voto entre os dois candidatos a deputados (aqui os representantes do povo na Câmara ou Assembleia são deputados porque Hamburgo é um cidade-estado) distritais. Fui e ali, no ginásio onde votei, encontrei um ambiente diferente do encontrado numa eleição brasileira. Só para citar uma diferença: a minha mulher pôde entrar na sala onde votei, mesmo sem ela poder votar, e ainda por cima ela pôde tirar fotos do momento em que depositei o meu voto na urna! Isto é impossível no Brasil, certo? Numa eleição japonesa também, segundo minha esposa, que é japonesa! Outra diferença ali é que não havia boca de urna, não havia sequer um caça-voto! Será que eles, os alemães, estão em outro patamar?
Eu amanheci ouvindo notícias tristes vindo da Espanha. Elas passavam na RTVE (Rádio e Televisão Espanhola) e anunciavam a luta daquele país contra o coronavírus, uma luta em que alguns países, como a Espanha, Itália e Estados Unidos, estão perdendo neste exato momento. Por enquanto o boxeador (coronavírus) está ganhando por pontos! Não sei o porquê, mas lembrei da música Comfortably Numb, do Pink... Continuar lendo
Duas mulheres vão de mãos dadas
elas se amam
elas se dão
as mãos
e nada as deixam incomodadas...
Elas se amam... as duas mulheres de mãos dadas pela
rua...
nenhuma delas estava nua
e só andam de mãos dadas...
As mulheres de mãos dadas se amam
e de mãos dadas, as duas mulheres,
às vezes se beijam
Estão sempre por aí, sem medo do amor...
sem medo de ti, sem... Continuar lendo
São Paulo, março de 1989
Odete foi a única pessoa que nos acompanhou naquele triste e nublado domingo até à Estação da Luz. Com lágrimas nos olhos, ainda sem escancarar o choro, ela subiu no ônibus conosco até à Estação do Metrô Conceição sem dizer uma palavra. Já no metrô, ela começou a nos dar conselho e pedir que não nos metêssemos em... Continuar lendo