Nessa segunda-feira a chanceler alemã, Angela Merkel, deu uma entrevista anunciando as novas medidas contra a propragação do Coronavírus. São elas:
Muitas lojas ficam fechadas (excessão pra as lojas de alimentos e farmácia);
Aberturas de restaurantes entre 6 e 18Uhr;
Nenhuma reserva de hotel para turistas;
Proibido todos cultos e missas;
Fechamento de playground e instalações esportivas (academia de ginástica, por exemplo).
Na mesma segunda-feira, as escolas e creches não abriram, isto tinha sido decidido na última sexta-feira (13), antes de uma leva de crianças e jovens voltarem de férias (da Itália, França, Espanha, Suíça e outros países), na chamada férias para esquiar, uma parada anual de duas semanas no inverno europeu. Um dia antes dessa decisão, quinta-feira (12), o governo alemão tinha decidido que casas de óperas, casas de concertos de musica erudita, locais de shows de música pop e rock in roll (é nessa que eu entro!), discotecas e outras instalações que comportassem mais de mil pessoas não fossem abertas. Por essa decisão eu não fui ao show, nessa segunda-feira do Simple Minds, uma banda pop/rock dos anos 80. O show foi adiado! Pra quando, só Deus sabe!
A Alemanha registrava até o fim da tarde de segunda-feira 6.012 casos de Coronavírus, na cidade onde moro, Hamburgo, já tem 210 casos registrados, incluindo aí 3 crianças do ensino primário (elas estavam de férias no exterior?!). Os números por si só já é pra ficar com a pulga atrás da orelha e isso tem levado alguns alemães a uma quase paranóia coletiva, que os têm levado a "saquear" os supermercados e drogarias (aqui as drogarias são separadas das farmácias), levando destes estabelecimentos, além de gêneros alimentícios, papel higiênico e outros produtos, como álcool, sabonetes, pasta de dentes, etc.
Eu não entrei nessa paranóia, e no supermercado que fica embaixo do meu apê (moro numa zona da cidade considerada "privilegiada", moro no centro), o movimento é normal, por assim dizer, mas se tem visto pessoas que não costumam vir por essas bandas fazer compras. No trabalho, uma amiga me disse que teve que andar por 4 supermercados para conseguir alguns gêneros, pois perto da casa dela faltava muita coisa nas prateleiras.
Mas o que não falta aqui, na Alemanha, é disposição pra sair (e não há proibição nesse sentido como na Espanha e Itália) e curtir o sol que tem feito nestes três últimos dias. O povo tá na rua! E eu estive na rua nesse último domingo aproveitando um fim-de-semana de folga (eu trabalho um fim-de-semana outro não) e pelas ruas encontrei as pessoas fazendo o mesmo que eu. Eu as vi nos Cafés também, assim como nos parques e sorveterias. Com uma certa distância dos desconhecidos, é claro, mas juntos ou até de mãos dadas com seus/suas companheiros (as)!
Eu amanheci ouvindo notícias tristes vindo da Espanha. Elas passavam na RTVE (Rádio e Televisão Espanhola) e anunciavam a luta daquele país contra o coronavírus, uma luta em que alguns países, como a Espanha, Itália e Estados Unidos, estão perdendo neste exato momento. Por enquanto o boxeador (coronavírus) está ganhando por pontos! Não sei o porquê, mas lembrei da música Comfortably Numb, do Pink... Continuar lendo
Duas mulheres vão de mãos dadas
elas se amam
elas se dão
as mãos
e nada as deixam incomodadas...
Elas se amam... as duas mulheres de mãos dadas pela
rua...
nenhuma delas estava nua
e só andam de mãos dadas...
As mulheres de mãos dadas se amam
e de mãos dadas, as duas mulheres,
às vezes se beijam
Estão sempre por aí, sem medo do amor...
sem medo de ti, sem... Continuar lendo
São Paulo, março de 1989
Odete foi a única pessoa que nos acompanhou naquele triste e nublado domingo até à Estação da Luz. Com lágrimas nos olhos, ainda sem escancarar o choro, ela subiu no ônibus conosco até à Estação do Metrô Conceição sem dizer uma palavra. Já no metrô, ela começou a nos dar conselho e pedir que não nos metêssemos em... Continuar lendo