“A discussão da igualdade de gênero está atrelada às conquistas dos direitos das mulheres e às transformações das relações sociais”.
As mulheres brasileiras representam mais da metade da população e cada vez mais são consideradas decisivas em diversos setores da sociedade. No entanto, as dificuldades enfrentadas ao longo da história da humanidade são muitas para que a população feminina consiga ocupar espaços de poder e decisão, numa sociedade extremamente machista, logo podemos perceber diversos obstáculos que impedem o desenvolvimento pleno e a cidadania das mulheres.
Mesmo considerando que o Brasil dispõe de leis consideradas internacionalmente avançadas na promoção dos direitos de mulheres e outras leis de caráter mais amplo, como por exemplo, da Lei 11.340/2006, a Lei Maria da Penha, que institui mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Em meados de 2015, o Brasil sancionou a Lei 13.104/2015 (Lei do Feminicídio), que passou a qualificar o homicídio feminino, prevendo como crime hediondo o assassinato de mulheres por “razões da condição de sexo feminino”, assassinatos esses cometidos em sua maioria por indivíduos nos quais as vitimas mantinham ou havia tido relações afetivas, logo é caracterizado como menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Vale lembrar que investir em ações para promover a igualdade de gênero é ter a certeza de um retorno positivo quanto aos resultados das políticas públicas, que irão incluir pessoas, transformar comunidades e mudar a história de muitas famílias, bem como a realidade de municípios e estados.
Considerando as reflexões apontadas acima acreditamos que os caminhos para a ação em direção ao alcance da tão sonhada igualdade entre os sexos depende de diversos fatores, todavia destacamos a importância do monitoramento dos direitos e a oferta qualificada de serviços, bem como o fortalecimento de equipamentos públicos de promoção de políticas para mulheres e meninas.
E fundamental também pensarmos na promoção de outras estratégias necessários para combater as desigualdades de classe e geração sempre articuladas com ações de combate ao racismo e outras formas de discriminação. Uma estratégia que merece destaque é a construção de parcerias que objetive potencializar a participação e o fortalecimento das organizações e movimentos da sociedade civil com vistas à promoção de uma cultura de Direitos Humanos – Direito a uma vida livre de violência.
Posto isto, confiamos que as instituições tanto do poder público, com destaque para a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres (SMPPM), quanto as entidades da sociedade civil, como o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher - CMDM, ONG "Mulheres e Meninas de Caxias", dentre outras, estão na direção correta em contribuir para alcançar a igualdade de gênero e empoderar as mulheres e meninas, pois acreditamos que é um caminho viável para seguir rumo a superação das desigualdades entre homens e mulheres.
Portanto, é com esse intuito que o CMDM faz um trabalho voltado para o controle e a participação social, logo realiza anualmente a “Marcha, Mulher, Movimento e Vida”, que tem por objetivo promover o empoderamento, a igualdade de gênero, a diversidade, a visibilidade social e lutar contra todas as formas de discriminação e violação dos direitos humanos das mulheres, com o apoio da SMPPM, da Prefeitura de Caxias, UJS, UBM, UNALGBT, das Instituições de Ensino Superior e Educação Básica, Grupo Crespos e Cacheados, Templo Religioso Pai Xangô; ADEFIC, dentre outras instituições importantes no cenário caxiense.
Convidamos a população caxiense para participar desse importante evento que acontecerá de acordo com a programação abaixo:
- Concentração as 16:00 – Praça Vespasiano Ramos;
- Saída as 17:00 - Caminhada pelo Centro Histórico de Caxias;
- Encerramento as 18:30 em frente a Prefeitura - Aulão Branco.
Vista-se de branco e venha marchar conosco em defesa das mulheres!
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