É com enorme repúdio e pesar que o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) de Caxias vem a público externar a nossa indignação a todas as formas de violência e discriminação contra a mulher – em todas as partes do Brasil. Infelizmente, estamos vivenciando tempos sombrios, o nosso município não está fora desse grave problema de saúde pública.
Repudiarmos o feminicídio, bem como a tentativa de assassinato e todo tipo de violação dos direitos humanos de meninas e mulheres, que tristemente avançam em várias partes do mundo. Sabemos que a violência de gênero não tem limites geográficos, raça, geração, classes sociais, religiosas ou econômicas.
O CMDM considera a violência contra a mulher uma das principais formas de transgressão dos direitos das mulheres jovens, adultas ou idosas, que perdem a oportunidade em viver com dignidade, pois a sociedade usurpa nossos direitos à vida, à saúde, à cultura, à integridade física, psicológica e moral dentre outros direitos humanos que são violados cotidianamente.
É com enorme indignação e tristeza que nos solidarizamos com a família Lacerda pelo falecimento de Kayza de Souza Lacerda, 23 anos, que foi vítima de feminicídio no município de Caxias, no dia 31 de março de 2019. Infelizmente é uma triste realidade fruto de uma cultura patriarcal que necessita ser desconstruída. Nenhum motivo justifica atos tão covardes com requintes de selvageria contra a população feminina ou qualquer ser humano e é inadmissível que a sociedade não se posicione de maneira consciente e crítica.
Os sentimentos que afloram em nós são diversos, dentre os quais o medo, a revolta, a repulsa, porém devemos ser perseverantes em lutar por uma vida digna, pois a indignação não deve tirar nossa alegria e sim aumentar a nossa resistência!
A cada dia um número muito assustador de mulheres estão morrendo pelo Brasil a fora vítima de violência doméstica e familiar, pelo simples fato de serem mulhers. Até quando vão nos matar? Deixamos aqui o nosso clamor em prol da defesa do nosso direito de viver! Devemos ecoar nossas vozes e gritar “parem de nos matar”! Nós não somos propriedade!
É fundamental que as instituições da sociedade civil e do poder público desenvolvam ações sistemáticas e permanentes que trabalhe a igualdade entre homens e mulheres, bem como as violências que as quais mulheres de todas as classes, idades e raças estão submetidas. As escolas, as igrejas, as empresas, as universidades precisam somar esforços que contribuam substancialmente para o encorajamento da vítima a denunciar as agressões, assim como romper com o ciclo da violência. É importante que o tema seja trabalhado exaustivamente para que a sociedade desnaturalize a violência contra a população feminina. Em caso de violência, denuncie! Disque 180.
Imediatamente afirmamos, quando o direito de uma mulher é tirado, os direitos de outras mulheres estão ameaçados.
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