Na tarde dessa quarta-feira (27), o presidente da OAB Piauí, Celso Barros Coelho Neto, recebeu o poeta Salgado Maranhão, figura ímpar da cultura brasileira e um dos maiores poetas do país. Acompanharam o encontro os advogados Pedro Rodrigues e Washington Torres.
Salgado Maranhão ganhou duas vezes o Prêmio Jabuti , além do Prêmio de poesia da Academia Brasileira de Letras. O Prêmio Jabuti é o maior brasileiro e mais tradicional prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e foi criado em 1959.
Em um clima de cordialidade e admiração, Celso Barros destacou a importância da visita de Salgado Maranhão à Casa da Advocacia Piauiense. “É uma grande honra receber um dos expoentes da cultura brasileira, um poeta que nos inspira com sua genialidade e sensibilidade”, afirmou.
Recordações e reflexões
Salgado Maranhão, por sua vez, relembrou os tempos em que, ao lado do amigo e professor Cineas Santos, semeava a cultura no Piauí e dos desafios no início da carreira. “Comecei um trabalho cultural aqui no Piauí. Viv várias situações em que eu era nada, ninguém, e por não ser ninguém eu pude ver coisas e ouvir coisas sem ser visto”, disse o poeta, em um momento de reflexão sobre a importância da arte e da cultura na sociedade.
Biografia
Salgado Maranhão, é o pseudônimo de José Salgado Santos Costa, poeta, letrista e compositor brasileiro nascido em Caxias, em 13 de novembro de 1953, que morou e se alfabetizou em Teresina (PI).
Sua obra poética aborda temas como a cultura afro-brasileira, a religiosidade popular, a vida no campo e a negritude. Seu trabalho é marcado por uma linguagem rica em metáforas, imagens e musicalidade. Suas obras já foram traduzidas para diversos idiomas, como inglês, italiano, francês, alemão, sueco, hebraico e japonês.
Alguns de seus livros de poesia mais conhecidos:
– Aboio — ou saga do nordestino em busca da terra prometida (1984)
– O beijo da fera (1996)
– Mural de ventos (1999) – ganhador do Prêmio Jabuti (maior prêmio literário do Brasil)
– A cor da palavra (2011) – ganhador do Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras
– Sol de gaveta (2005)
– A voz que vem dos poros: antologia poética (2013)
– Ópera de Nãos (2016) – ganhador do Prêmio Jabuti, lhe concedendo o segundo título desta premiação na sua carreira.
Alguns de seus maiores sucessos como letrista:
– “Anunciação” (com Aldir Blanc)
– “Coração de Estudante” (com Milton Nascimento)
– “Esperança” (com Lenine)
– “O Que Tiver Que Ser” (com Chico Buarque)
– “Romaria” (com Renato Teixeira)
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