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Sílvio Cunha

Caxias, Política e Sociedade

Centro de Cultura – um cartão postal negligenciado


Nos últimos dias, a assessoria de Comunicação Social da Prefeitura de Caxias tem intensificado informações cientificando a população, inclusive através das redes sociais, que o município voltou a dar prioridade à recuperação de logradouros públicos antes abandonados por gestões que antecederam a atual. A iniciativa é alvissareira e contempla o interesse das pessoas que gostam de ver a cidade bela e próspera.

Então, se o trabalho é para valer, porque não incluir todo o complexo arquitetônico do Centro de Cultura Acadêmico José Sarney, que funciona nas antigas dependências da Companhia União Caxiense, inaugurada no final do século 19, e que é ainda a estrutura arquitetônica mais importante de Caxias, a refletir a pujança econômica de período áureo da história da cidade, marcado por imponência e beleza, e, de quebra, renovar a jardinagem da praça Dias Carneiro, a praça do Panteon, que fica diante do mesmo?! Essas duas estruturas públicas do centro da cidade há muito clamam por urgente revitalização. 

Prédio da antiga tecelagem de 1889, tombado para ser o Centro de Cultura de Caxias.

Quando é visto pela primeira vez em um cartão postal (longe de Caxias, obviamente), imediatamente o eventual visitante desperta o desejo de conhecê-lo de perto, tocá-lo com as próprias mãos, para sentir o esmero de uma edificação planejada na distante Inglaterra, onde seu modelo teve origem, em momento progressista da cultura e do beneficiamento do algodão, aqui na região dos Cocais. Tive oportunidade de fazer o gesto quando criança na década de 1960, naqueles idos em que o complexo estava interditado e fechado para visitas. Mas criança é bicho traquinas, curioso, e assim pude sentir que suas paredes eram revestidas por um tipo de mármore rosa, substituído na reforma por uma pintura que o imitava, grosseira, talvez em razão de não mais encontrar-se peças de reposição do gênero.

A visão de uma das laterais do prédio do Centro de Cultura de Caxias.

Dos prédios das quatro fábricas de tecido que funcionaram em Caxias – fundadas e instaladas na cidade, nos anos 1883, 1889, 1891 e 1892, Companhia Industrial Caxiense, Companhia União Caxiense, Fábrica Sanharó e Companhia Manufatora Caxiense, respectivamente -, o da Companhia União Caxiense foi o único que restou, beneficiado à época da presidência de José Sarney por investimentos federais que a recuperaram na segunda metade dos anos 80 do século passado e que a elevaram, por força de tombamento, não mais para produzir tecidos, influir na economia, ou sediar um intento do grupo empresarial Claudino, mas para estabelecer-se como um centro cultural modelo na região do leste maranhense.

Estava revitalizado, para a alegria e orgulho dos caxienses, o grande marco representativo hoje da história da Princesa do Sertão, destinado para o fim nobre de agregar entre suas paredes a esplêndida representação cultural da terra dos poetas, dos escritores, enfim, daqueles que prezam os mais altos valores que brotam dos sentimentos e que expressam o verdadeiro sentido de se viver como seres humanos. Mas, passados os anos, vê-se que a situação é diferente.

Sem fiscalização, a área do estacionamento está sendo utilizada por ambulantes para vender comida.

O primeiro impacto negativo sobre a concepção para que fora criado, adveio com a substituição paulatina de seus espaços interiores para dar lugar a células de trabalho da administração municipal e espaço para investimentos educativos do governo estadual. Até aí, tudo bem. Sua manutenção precisava do apoio do poder público. Só que isso foi levado ao extremo, ao ponto de em determinado momento, por sobrecarga ao seu sistema elétrico, o prédio esteve na iminência de ser destruido por um inesperado incêndio, que só não o arrasou porque sua estrutura esquelética é toda forjada em ferro, e este resistiu bravamente às chamas que ameaçavam sua integridade.

Agora, graças a pressão de artistas locais, a Prefeitura, sob a gestão do prefeito Fábio Gentil (PRTB), sinaliza que fará reformas no prédio, tendo como ponto alto a recuperação do seu cine-teatro relegado às traças por décadas. A decisão é mais que providente e chega em boa hora. Afinal, a classe artística local clamava pela inclusão de um local capaz de reerguer a sétima arte na cidade, assim como evidenciar também o teatro, talvez a mais imaginativa forma que o artista pratica ao interagir no meio em que vive e que leva as pessoas a fazer severas reflexões sobre a existência e melhor sentido para a vida.

Área de estacionamento do CC foi transformada também em estação rodoviária de ônibus para zona rural.

A se materializarem rapidamente, as decisões encontrarão a aprovação e o aplauso de todos que amam as artes. Mas, que não fiquem somente no interior da antiga fábrica. Seu espaço externo, toda a área em torno da construção, serve hoje para estacionamento de ônibus que circulam pela zona rural. Mais parece uma estação rodoviária sem administração, e com isso agregando em torno de si, com grande prejuízo ao espaço de estacionamento para os condutores que dirigem nas proximidades do Paço Municipal, todo tipo de vendedores ambulantes, e pior, assistido também por bancas de venda de comida feitas ao ar livre, através de improvisadas e anti-higiênicas tendas rústicas, situações inadequadas que pedem a ação imediata do serviço de Vigilância Sanitária, no sentido de controlar-se e por termo à situação caótica e feia que impera no local. Como não há sanitário público nas imediações, o lugar também é usado como válvula de escape a quem quiser fazer suas necessidades fisiológicas. O conjunto das irregularidades transforma essa parte da área externa do Centro de Cultura em um local repulsivo.

Com a recomendação de que a Prefeitura faça valer a Lei do Código Municipal de Posturas, ação que parte hoje com mais ênfase da Câmara Municipal, o poder público tem a responsabilidade de readaptar todo o espaço do Centro de Cultura no sentido de que ele possa ser visto como um bem comum a todos os caxienses, e não como espaço de sobrevivência a determinadas categorias que se aproveitam da leniência dos agentes de fiscalização e que, por isso, as coisas estão soltas e fora de controle. Imagine a impressão que leva a pessoa que visita a cidade, ao se deparar com a mostra de descaso que impera naquele trecho do Centro Histórico de Caxias! Em todos os cenários possíveis, a resposta será ruim, muito ruim, para os administradores que comandam o município.

Preocupação com novos ambulantes

Matéria que voltou a merecer destaque nas últimas sessões da Câmara Municipal, é o caso do que será oportunamente feito para impedir uma eventual reocupação da área comercial por novos vendedores ambulantes que certamente chegarão à cidade, após a acomodação dos que hoje se fazem presentes no centro no Shopping Popular, já denominado “Comendador Alderico Jeferson da Silva”, por iniciativa aprovada por unanimidade na Câmara pelo presidente Catulé, autor da proposta.

Toda a bancada mostrou preocupação com a possibilidade do fato vir a ocorrer, e se ocorrer, poderá desmoralizar todo um trabalho gestado no sentido de melhorar-se o aspecto cênico do centro de Caxias. Em Teresina, onde a medida aplicada pela Prefeitura surtiu efeito, a administração exerce fiscalização rigorosa e não permite mais do que a presença de vendedores de pipoca e de doces, circulando dentro do perímetro da área comercial. Aqui, teme-se a chegada de pessoas de fora, a exemplo do que já se vê, através de veículos que estacionam onde bem entendem, vendendo principalmente frutas. No perímetro do Mercado Central, camionetes e caminhões chegam todos os dias para concorrer com as verdureiras cadastradas, diminuindo o volume das vendas no empório público.

Pressão no governo estadual

Usando da palavra no pequeno expediente da sessão de segunda-feira, 24, o vereador Antonio José Ximenes (PR), destacou a preocupação do governo municipal em prover as demandas da população da zona rural, sobretudo no que tange à recuperação das estradas vicinais nos três distritos de Caxias, algumas, segundo o edil, sem passar por qualquer tipo de melhoria nos últimos seis anos.

Ximenes (e) denunciou que falta o Estado cumprir os acordos que fez com a classe política da Caxias. Neto do Sindicato

confirmou que um dos maiores problemas do município são as estradas vicinais.

O vereador da base governista, com seu pronunciamento, revela que a prefeitura, em verdade, tem dificuldade para atender com presteza esse tipo de demanda, no momento. Mas subiu o tom da palavra, ao lembrar que o governo estadual está deixando de cumprir um acordo feito em um almoço no Palácio dos Leões com nada menos do que 14 vereadores de Caxias. Na avaliação de Ximenes, o governador Flávio Dino vem faltando com os compromissos assumidos diante da base eleitoral que o levou a adentrar de vez na política, quando de sua eleição para deputado federal, e, mais recentemente, sua eleição e reeleição para o governo.

“Quando ele estava precisando de apoio para se reeleger, fez promessas. Naquele almoço, o governador prometeu para Caxias o céu e a terra; de restaurante popular a asfaltamento de ruas, aeroporto, prometeu tudo. E ainda disse mais: se passar de 60 por cento dos votos em Caxias, aí eu vou transferir a capital para Caxias, porque lá é o meu lugar. Acontece é que aqui tem Três deputados estaduais, mas não aconteceu absolutamente nada ainda depois da eleição. Nem sabemos mais para onde recorrer. Nem sabemos se o governador do Maranhão é também governador de Caxias. Somente com recursos do município, para fazer todas as estradas que Caxias precisa hoje, é humanamente impossível. Ou paga servidor, ou faz estrada!”, desabafou na ocasião, discorrendo também sobre os gargalos que Caxias enfrenta atualmente para fazer interagir o Hospital Macrorregional do Estado com a Rede Municipal de Saúde, mas disposto a tentar mais um encontro com o governador Flávio Dino, para tratar dessas demandas.

A opinião do vereador tem relevância, porque compromisso político é coisa para ser cumprida. Contudo, há que observar-se que o governo estadual já fez doação de máquinas pesadas para o município e talvez esteja com indisponibilidade de recursos atualmente, em razão da queda nos repasses do governo federal e à baixa arrecadação de receitas, por conta da retração econômica que ocorre por todo o país, e sobre a qual não se tem ainda uma perspectiva concreta de quando o quadro começará a melhorar. Quanto à saúde, é um problema aparte, mais complexo, porque envolve a flexibilidade política de aliados do governador que hoje controlam o Hospital Macrorregional.

Outro edil que abordou o tema foi Neto do Sindicato (PCdoB), confirmando que atualmente as estradas são o principal problema da zona rural. Em sua explicação, ele destacou que o problema é tão grande que até os transportes escolares não estão adentrando mais em todas as localidades.

Revelando encontro recente que teve com o prefeito, disse que o gestor municipal confirmou a liberação de um recurso federal para minimizar a situação das estradas.
“Não tenho certeza que serão recuperadas todas as estradas, até por que os problemas são grandiosos, mas, segundo o prefeito me falou, depende agora só da contrapartida do município; contrapartida esta que ele mesmo já está tentando solucionar de depositar para que sejam iniciados os trabalhos”, justificou.

Fechando sua participação no pequeno expediente, Neto do Sindicato acrescentou que o prefeito não lhe disse a quantidade de quilômetros que serão recuperados na zona rural, mas que antecipou-lhe começar o trabalho na região do Capão e do 3º Distrito.

Poluição no riacho do Ouro

Moradores das comunidades localizadas ao longo do riacho Ouro, também conhecido como riacho do Junco, protestaram com veemência na imprensa local  (repórter Raquel Sousa – Tv Sinal Verde), apontado o estado de degradação do curso de água que tem a extensão de dez quilômetros e é um dos afluentes do rio Itapecuru no município. Foi denunciado o processo de poluição que já alcança toda a bacia do riacho, proveniente do lançamento de óleo e outros produtos não-degradáveis, segundo moradores, dada à presença de dezenas de açudes e piscinas construídos ao longo do córrego que, até pouco tempo atrás, foi um dos lugares mais aprazíveis para as comunidades se abastecerem e praticarem lazer na zona rural de Caxias.

Riacho do Ouro está sofrendo com a poluição.

 

Em época de forte estiagem, incêndios deixam o riacho do Ouro sem cobertura ciliar.

 

Imagem de açude construído para criar peixes ao longo do curso do riacho do Ouro.

 

Riacho do Ouro nasce no povoado Cabeceira do Ouro (1), e passa pelos povoados Bacabalzinho (2), Junco (3) e Raiz (4),

antes de desaguar no rio Itapecuru.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente já foi ouvida e informa que realizará, como sempre vem fazendo, trabalho de fiscalização para identificar as causas, assim como as fontes poluidoras, e pedir as providências cabíveis, conforme está previsto no Código de Posturas do Município e na própria Legislação Ambiental Federal.

A poluição presente em muitos cursos de água que cortam Caxias já foi destaque, aqui na coluna, mas não deixa de surpreender, em razão de estar em curso a formação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Itapecuru.

Recentemente, cercada de pompa e com presença dos três deputados estaduais da terra, Cleide Coutinho (PDT), Zé Gentil (PRTB) e Adelmo Soares (PCdoB), mais representantes do Conselho Estadual de Recursos Hídricos e Secretarias Estadual e Municipal de Meio Ambiente, do prefeito de Caxias e assessores de cidades vizinhas, a cidade sediou a 5ª Audiência Pública da Bacia Hidrográfica do Rio Itapecuru, quando esse tipo de problema foi colocado em destaque.

Ao longo da Audiência, discursos inflamados e vibrantes revelaram a disposição dos presentes para uma atuação conjunta de resgate ao precioso rio que corta grande parte do Estado e serve para abastecer inúmeras comunidades, cidades e até a capital, São Luís. Não obstante, o que se vê, levando-se em conta o que vem acontecendo com muitos riachos que banham a região, é que o espírito inescrupuloso de muitas pessoas coloca o proveito pessoal acima dos interesses de um bem que é comum a todos e inclusive vital para a própria sobrevivência dos investimentos dos próprios infratores.

O fato é lamentável e de difícil solução. Mas, vamos ver, a partir dessas denúncias, até onde vai a cruzada de convencimento para que ocorra uma mudança de visão no conceito inapropriado que se dá hoje à causa do meio ambiente no município. O aproveitamento sustentável de água é, atualmente, uma bandeira defendida por todos os países, uma vez que, a continuar do jeito que está,  logo as pessoas não terão água potável para beber.

Assim, impressiona certas pessoas ignorarem em Caxias que, com o mau uso da água, as lavouras não prosperam, e que, sem árvores, dada a devastação que grassa por toda a bacia hidrográfica caxiense, reduz-se o valor econômico das terras, diminui a presença do precioso líquido, bem como a produção do ar indispensável à própria respiração, a fauna que se afasta, dentre outras mazelas que surgem em decorrência dos crimes praticados contra o meio ambiente.

Vereadores lamentam a morte do ex-vereador João Afonso Barata 

 
Na tribuna, Ramos leu uma breve biografia de João Afonso Barata e lamentou a ausência dos colegas de parlamento na passagem do corpo pela Câmara Municipal. “Eu sei que foi véspera de um feriadão, muitos já estavam com viagens programadas, mas, de qualquer forma fiquei triste”, explicou.O ex-vereador e ex-deputado estadual João Afonso Barata Lopes Bastos, que faleceu, aos 91 anos, no último dia 19, após sofrer uma parada cardiorrespiratória, foi lembrado pelos vereadores Ramos (SD), Catulé (PRB), Thais Coutinho (PSB) e Sargento Moisés (PSD), na sessão da última de segunda-feira (24).

O presidente da Câmara, vereador Catulé (PRB), esclareceu que foi comunicado sobre o falecimento através do vereador Ximenes (PR), que também não estava na cidade. “95% dos vereadores estavam gozando o feriado, e a morte ninguém diz a hora que vai acontecer, mas providenciamos para que tudo fosse dentro da normalidade. Até nos honra da família ter escolhido essa Casa para ele ser velado. Foi um excelente vereador e deixou um legado importante, e eu cobrava nessa Casa e dizia para o sobrinho dele que se ele fizesse 40% ou 20% do que fez o Barata, ele poderia se considerar um dos melhores parlamentares que passou nessa Casa”, frisou.

Thais Coutinho disse que foi no velório e informou à família enlutada que iria viajar. Na oportunidade, a vereadora lembrou a boa relação que sempre teve com o filho de criação de João Afonso Barata, o ex-vereador Léo Barata.       

Assim como Thais, Sargento Moisés compareceu ao velório e justificou à família enlutada sobre a sua ausência no velório na Câmara. Na oportunidade, o vereador comentou sobre a defesa que fez dos colegas de parlamento nas redes sociais, reforçando o discurso de Catulé. (texto e fotos do jornalista João Lopes – Ascom CMC)

Disputa nos redutos eleitorais provoca embaraço no plenário

A sessão da Câmara da última segunda-feira, 24, registrou momentos diversos, no que tange aos comportamentos dos vereadores. No pequeno expediente, Jerônimo Ferreira Cavalcante Filho (PMN), apresentou aos colegas o resultado da audiência que solicitou ao Ministério Público Estadual, para tratar das reclamações dos usuários de ônibus contra a empresa Linux, que tem contrato e explora o serviço na cidade. O vereador disse que saiu satisfeito da reunião, e revelou que a empresa se comprometeu a fazer correções no serviço, de modo a contemplar as demandas da população.

Reconhecendo que a empresa de transportes realmente enfrentava alguns problemas, como é o caso de ônibus circularem em determinados horários, às vezes com dois passageiros, Jerônimo, no entanto, sentiu que a Linux foi para o encontro com a intenção de colaborar para solucionar o problema, apresentando redefinição de horários nos dias de expediente e uma tabela de funcionamento nos finais de semana.

Noutro momento, a bancada evangélica, formada na sessão por Thaís Coutinho (PSB), Edilson Martins (PSDB) e Darlan Almeida (PHS), repercutiu o sucesso obtido pelo movimento religioso em torno da “15ª Marcha para Jesus”, ocorrido no último sábado, na praça do Panteon.

Ramos fez acusações de que estava sob ameaça de cassação de mandato, mas Thaís não o confrontou, negou as

denúncias e recomendou ao colega ter cuidado com o que é dito nas redes sociais.

Mas foi no grande expediente, que mais uma vez os parlamentares deram uma demonstração de como realmente anda a luta pelo mandato nas eleições do próximo ano. Usando a tribuna, o vereador Antônio Ramos (SD), após realçar o seu apoio à causa das pessoas com problemas de locomoção, que almejam por mais acessibilidade no panorama urbano de Caxias, centrou pesada bateria de denúncias contra a colega Thaís Coutinho (PSB), por entender que a parlamentar estaria mancomunada com pessoas interessadas em cassar-lhe o mandato, assim como o do vereador Gentil Catanhede, o único representante do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, no plenário Edson Vidigal. O vereador do Solidariedade mostrou uma irritação tão surpreendente em sua preleção, que deixou no ar a sensação de que se estava ouvindo, não uma crítica, uma repreensão, mas um tom de ameaça, mesmo admitindo os laços de amizade que mantém com a família da vereadora Thaís. As palavras de Ramos deram em monólogo, porque nenhum dos vereadores se manifestou, nem contra nem a favor do que dizia.

Como oradora inscrita também no grande expediente da sessão, Thaís Coutinho primeiro falou da problemática porque passa o povoado Quilombo, localizado na divisa do Município de Caxias com o de Matões. A vereadora sustenta que o Quilombo, na sua concepção, pertence a Matões, onde o seu pai, o prefeito Ferdinando Coutinho, recém-filiado ao PDT, é prefeito, e, em razão disso, não poderia receber os investimentos que o prefeito de Caxias,Fábio Gentil, estaria realizando em uma estrada vicinal da localidade.

Entrando na discussão, o presidente Catulé, na condição de vereador mais antigo do parlamento, lembrou que a situação do povoado Quilombo é um problema antigo e ainda sem solução, e dá mostras de que ainda vai perdurar por algum tempo. Segundo ele, é um caso que traz problemas para os dois municípios, tanto que a prefeitura de Matões, dado o imbróglio, está também sem base legal para pagar os professores da escola pública do lugar.

Retomando seu pronunciamento, a vereadora voltou suas palavras para o colega Antonio Ramos. Primeiro, para dizer-lhe que, ao longo de três mandados na Câmara de Caxias, jamais destratou seus colegas, seja em plenário ou fora dele, e não via razão para ter recebido uma abordagem tão dura. Em segundo lugar, observando que o vereador talvez estivesse sob a comoção comum a todos os edis em primeiro mandato, que às vezes entendem mal os passos da política. Pediu desculpas, se por ventura tenha dado a impressão de que ofendera o colega, mas descartou qualquer veracidade nas colocações de Ramos.

Para Thaís Coutinho, ela estava diante de uma situação absurda, pois não tinha pretensões nem poder para cassar ninguém, e deu por encerrado o assunto, mas pediu a Ramos que valorizasse, primeiro, o diálogo, para não se deixar levar por pessoas interessadas em provocar abalos na honra dos vereadores, através das redes sociais.

A fato reflete o que esta coluna vem dizendo desde a sua primeira edição: a luta pela conquista do voto às próximas eleições, já está sendo em ritmo de grande competição, estabelecendo-se uma espécie de vale-tudo, depois que o artifício da coligação partidária caiu no cenário das eleições proporcionais. Esse tipo de refrega será bem mais contundente quando da proximidade do pleito, uma vez que já é visível a invasão de redutos desse ou daquele parlamentar, na busca de cooptação de mais correligionários que ajudem os postulantes a vencer a disputa.
  

Aplausos

# Para os organizadores da prefeitura que elaboraram o criativo cenário do São João Que a Gente Quer, no Parque da Cidade.  Quem visita o local, tem a oportunidade de conhecer diversos aspectos da vida dos caxienses, por meio de edificações representadas no grande mural de tapumes instalado no interior do parque.

# - Aos representantes dos municípios de Caxias, Aldeias Altas, Coelho Neto, Duque Bacelar, Buriti Bravo e São João do Sóter, que tiveram a oportunidade de opinar sobre o destino dos recursos públicos e quais são as prioridades, durante evento realizado na quinta-feira, 27, no auditório do Centro de Estudos Superiores de Caxias (Cesc/Uema), promoção do Governo do Estado.

Representantes dos mais diversos segmentos sociais estiveram na audiência pública que discutiu o Orçamento Participativo 2019 e Plano Plurianual 2020/2023 para a microrregião de Caxias.

O secretário de Estado de Turismo, Catulé Júnior, esteve no ato representando o governador Flávio Dino. “Nosso governo democrático vem a todas às regiões do estado do Maranhão ouvir quais são as demandas e as prioridades de cada localidade, para depois inseri-las no nosso orçamento e executarmos aquilo que a população espera”, destacou o gestor.

# - À jovem enxadrista Francisca Kelly, de 14 anos, estudante da U.I.M. Joaquim Francisco de Sousa, que conquistou o bi-campeonato no torneio de xadrez dos 42º Jogos Escolares de Caxias, encerrado na semana passada. Sua professora, Regina, mãe da enxadrista-mirim, diz que o sonho da jovem é ser uma grande mestre de xadrez.  

Vamos rir!!!

# - Joãozinho chegou esbaforido e todo sujo, além de estar atrasado, para a primeira aula. A professora se indignou:

- Isso é hora? E sujo desse jeito? O que aconteceu?

- Tive que levar a vaca lá de casa pro touro cobrir.

- Mas o seu pai não podia fazer isso?

Joãozinho coça a cabeça, e responde – Poder, pode, mas acho a vaca prefere o touro!

# - Resolvi dar um tempo no whats, no face e nas outras redes sociais.

Preciso me dedicar mais ao trabalho e à minha família.

Espero a compreensão de todos, pois temos que viver em paz com a sociedade e conhecer o mundo fora da tecnologia do celular.

Acredito que, se tudo der certo, voltarei dentro de 15 minutos!

# - Três amigas conversando sobre intimidades, resolveram contar, cada uma, seu segredo.

A primeira diz: Sou adúltera!

A segunda diz: Sou sapatona!

A terceira, morrendo de rir, diz: Eu sou fofoqueira!


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