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Sílvio Cunha

Caxias, Política e Sociedade

A dança das informações


Politicamente a semana foi uma colcha de retalhos, no que tange a informações, e variou de momentos anedóticos, pequenas vinganças, divulgação de pesquisas preliminares, até à preocupação exarcebada que passa pela cabeça de todos aqueles que se dizem dispostos a disputar as eleições para vereador, no próximo ano.

A peça engraçada foi a intenção que o prefeito Fábio Gentil e seu pai, o deputado Zé Gentil, ambos do PRB, durante viagem a Brasília, tiveram de trazer a Caxias aquele que talvez seja um dos parlamentares mais emblemáticos do país, o palhaço Francisco Everardo Oliveira Silva, 54 anos, o deputado federal Tirirical (PR), um campeão de votos em São Paulo, eleito pela terceira vez, cujo ponto forte na carreira é expor o que pensa com sinceridade e, no mais, fazer palhaçadas... brincadeiras.

Infelizmente, ainda não será desta vez que Tiririca virá a Caxias. Os Gentil pretendiam faturar com o convite, obviamente trazendo à cidade uma personalidade folclórica e atraente para quem gosta de se divertir, mas não de todo desprovida de avaliações sérias sobre a política, como foram certos lances que já protagonizou na Câmara Federal, usando expressões do tipo “Subo nesta tribuna pela primeira vez e pela última vez", ou "O que eu vi nos sete anos aqui, eu saio totalmente com vergonha...”, para mostrar sua indignação e desejo de abandonar a política, diante de sua decepção com os colegas com o trabalho do Congresso. 

O gesto de vingança também é do prefeito FG, que anda sorridente porque a Câmara Municipal aprovou projeto de sua iniciativa para contratar empréstimo até o limite de 25 milhões de reais com o Banco do Brasil, a fim de que, finalmente, possa levar adiante o projeto da prefeitura de revitalizar a malha viária do município, tanto na cidade quanto na zona rural, e ainda turbinar muitos cenários da mobilidade urbana da Princesa do Sertão Maranhense.

O sorriso do prefeito é uma resposta à cara feia que recebeu do governador Flávio Dino (PCdoB), quando do último encontro dos dois na festa do Jubileu de Diamante (75 anos) da Igreja Assembléia de Deus, no templo central da congregação (antigo Largo do Pau D’Água), cerca de dez dias atrás. Traduz sua manifestação à falta de investimentos do Governo do Estado em Caxias. Como a dizer: “Não preciso mais do Governo para trabalhar em minha cidade”.

A propósito de ações do governo estadual em Caxias, seria bom que os dois deputados estaduais caxienses mais chegados ao governador Flávio Dino, Cleide Coutinho (PDT) e Adelmo Soares (PCdoB), levassem ao chefe do Palácio dos Leões a apreensão de dezenas de funcionários contratados, atuantes em órgãos do Estado no município, que estão três meses com o salário atrasado.

Nas próximas horas, ou nos próximos dias, o grupo Coutinho poderá apreciar o resultado da pesquisa que mandou fazer para aferir dentro da agremiação quem tem mais condições de disputar a eleição com o prefeito Fábio Gentil. Antes anunciada com alarde, a divulgação dessa pesquisa, agora se sabe, ficará restrita a consumo interno dos cabeças do grupo. Temem que o resultado possa dividir ou mesmo enfraquecer o grupo. Mas, nesta sexta-feira, rumores indicam que Thaís Coutinho e Júnior Martins serão os nomes mais prováveis a merecer a indicação.

Ainda não se conhece também o posicionamento do PSL local, que até dias atrás era o partido do presidente Bolsonaro, desfiliado e agora sem partido, enquanto cuida, junto com o filho, senador Eduardo Bolsonaro, de criar um novo partido controlado pela própria família, o Aliança pelo Brasil, cujo número (já escolhido) será 38, em alusão, talvez, à arma e munição que os brasileiros mais conhecem, em termos de eficiência e força para ceifar vidas.

O professor Arimatéia, o advogado Luís Carlos Moura, dentre outros, devem estar matando a cabeça, porque, se mudarem para o novo partido do presidente, podem ficar sem o direito de disputar as próximas eleições, uma vez que, até abril do próximo ano, esse novo partido terá que colher cerca de 500 mil assinaturas para se viabilizar e há dependência do TSE para isso ocorrer eletrônicamente, haja vista que o processo usado pelas agremiações em formação sempre foi o de coleta de assinaturas presencial.

Dentre os que mostram coragem também de enfrentar o prefeito, Constantino Castro Neto tem intensificado reuniões pelos quatro cantos da cidade. O mesmo acontece com César Sabá (MDB), cuja esposa, Lina Rosa Assunção, já está nas ruas com o trabalho de arregimentação “MDB Mulher”, no qual o ponto forte é levar sua agremiação aos bairros e aos povoados, acreditando que, em razão das mulheres constituírem a maior parte do eleitorado, decidindo, portanto, qualquer eleição, é importante que todas tenham ciência disso e participem efetivamente do processo eleitoral.

Enquanto isso, os postulantes a uma vaga de vereador, mesmo os edis com mandato, tentam entender as novas regras que passam a vigir em 2020. O assunto está tirando o sono de muita gente boa e experiente na política local. Entretanto, o principal é o candidato colocar o seu nome no bojo de um partido político onde todos os candidatos possam ter um bom desempenho, pois é a votação somada de todos os candidatos desse partido que determinará quantos candidatos serão eleitos, tomando-se por base o quociente eleitoral e o quociente partidário.

O quociente eleitoral determina-se dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, situação que, em relação à Câmara de Vereadores de Caxias, poderá se estabelecer nas atuais 19 vagas, ou se ampliar para 21 assentos, na próxima bancada. Já o quociente partidário é obtido com a divisão do quociente eleitoral pelo número de votos válidos a uma mesma legenda. Em suma: estarão eleitos os candidatos de partidos que tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem de votação nominal que cada um tenha recebido.

Nesse momento de tensão pré-eleitoral, muitos são os postulantes a uma vaga na Câmara de Caxias. Estima-se que cerca de 250 pessoas irão concorrer. No entanto, é ilusão achar que só vontade e disposição serão capazes de garantir um lugar na CMC. Para chegar lá, o postulante tem que primeiro se inserir num partido forte e, depois, ter muito voto. E se os vereadores com mandato mostram alguma insegurança com o novo pleito, eles que já possuem bases de sustentação sólidas e trabalham pelo atacado, imagine quem é marinheiro de primeira viagem e caminha pelo varejo!

Câmara aprova projeto para a prefeitura recuperar a infraestrutura viária e a mobilidade urbana de Caxias

O prefeito Fábio Gentil não colheu durante a semana apenas o laurel de ter trazido para a cidade um grande empreendimento do Grupo Mateus, inaugurado com pompa nesta sexta-feira, 22. Antes, por ampla maioria de votos, a Câmara Municipal de Caxias aprovou, no início da semana, segunda-feira, 18, o Projeto de Lei nº 080,  que permitirá ao Poder Executivo Municipal contratar operação de crédito com o Banco do Brasil S/A até o valor de 25 milhões de reais. De acordo com o projeto, que foi apresentado pelo vereador Mário Assunção (Cidadania), no momento em que a Mesa Diretora da CMC votava a ordem do dia, os recursos se destinam à realização de serviços na infraestrutura viária e mobilidade urbana do município.

Ao trazer um projeto de lei fora da pauta para a apreciação da casa, com dispensa de interstícios, face a necessidade urgente que a prefeitura manifesta para resolver diversos problemas infraestruturais reclamados pela população, Mário Assunção explicou que a mensagem do prefeito era muito específica no que tange a implantação e recapeamento de vias, execução de pontes de concreto, execução de serviços de macrodenagem e qualificação de vias com pavimentação; investimentos que, na avaliação do parlamentar, irão contribuir de forma significativa para a melhoria de problemas de acesso aos logradouros, tanto para pedestres quanto por condutores de veículos.

Mário Assunção pediu apreciação urgente, presidente Catulé conduziu a votação e Edilson Martins tentou obstruir.

Acionado por Assunção a colocar a matéria em pauta de votação, reconhecendo o interesse e a urgência da propositura, o presidente Catulé imediatamente convocou toda a bancada a se manifestar, obtendo aprovação de 12 dos 14 vereadores presentes na sessão. Votaram contra o projeto os dois vereadores de oposição que estavam no plenário: Edilson Martins (PSDB) e Tevi (SD).

Tentativa de obstrução

Na tentativa de interromper a votação, alegando desconhecimento da matéria, Edilson Martins chegou a pediu vista para apreciar o projeto no espaço de dois dias regulamentares, sendo atendido regimentalmente pela mesa diretora. Contudo, em atenção a nova propositura formulada pelo líder da bancada de sustentação ao governo, vereador Sargento Moisés (PSD), o pedido de vista de Martins foi derrubado, em votação, pela maioria dos colegas que estavam no plenário.

Contrariado em sua pretensão, Edilson Martins chegou a pedir que a secretaria da mesa lesse mais uma vez a mensagem do prefeito que acompanhava o projeto, no que foi atendido pelo presidente Catulé.  Depois, aconteceu nova votação, sendo aprovada a matéria com dois votos contrários, exatamente as manifestações dos vereadores oposicionistas.

No bojo das discussões travadas para a aprovação do projeto, o vereador Mário Assunção lembrou a Edilson Martins que, se o colega estava desconfiado em relação a matéria, ali estava um caso bem claro de transparência das ações do governo municipal. “Fique tranquilo, vereador, que este projeto será publicado no Diário Oficial, ficando à disposição de nossa comunidade, como tem sido feito ao longo da gestão do prefeito Fábio Gentil”, salientou.

Sargento Moisés, usando espaço no grande expediente, se disse surpreso com o posicionamento dos colegas oposicionistas em relação ao projeto. “Haveria justificativa para obstruir-se a matéria, na tentativa de melhor apreciá-la, se o seu contexto estivesse cheio de particularidades, de alguma coisa excepcional, a causar alguma dúvida, e aí precisaríamos estudar mais, mas, aqui, ficou bem claro, é muito simples, porque o prefeito justifica sua proposta para a realização de ações voltadas para o maior interesse público”, destacou.

O líder do governo ressaltou que não se tratava de uma iniciativa da prefeitura para endividar o município, como ocorreu em gestões anteriores. Segundo ele, esse endividamento herdado é que está levando o prefeito Fábio Gentil a sair em busca de soluções para os problemas da atualidade. “Exatamente por ser obrigado a pagar a dívida contraída por gestores do passado, recolhimentos que deixaram de ser repassados para o INSS, ao Pasep e ao CaxiasPrev, dívidas que tiveram que ser renegociadas,  é que o prefeito Fábio Gentil recorre agora a iniciativas dessa natureza”, salientou.

E continuando: “Bom teria sido se não tivéssemos herdado dívidas, e usar nossos recursos normais para nossos investimentos. Mas, não é o que ocorre, e todo mês sai uma quantia significativa das receitas municipais só para pagar dívidas. Estamos em dia com a folha de pagamento dos servidores e de muitos outros serviços. Mas, para investimentos, falta. Daí, a necessidade de pegar dinheiro emprestado, de forma legal, para colocar em prática projetos que já estão prontos e só aguardando recursos para implementação, e ninguém pode ser contra isso”, justificou.

Aparteando Sargento Moisés, o vereador Darlan Almeida (PHS) também entrou na discussão, desaprovando o comportamento da oposição que, na sua opinião, queria obstruir a votação do projeto só por perseguição ao governo. “Essa política, de quanto pior melhor, já passou. Aqui, nós não estamos vendo o interesse do prefeito, mas da população, até porque estamos precisando de melhorias na infraestrutura. Além do mais, o que estamos aprovando nesta noite é uma tentativa para suprir a falta de recursos que estão deixando de vir para nosso município, através do governo do Estado, do governo Federal, por causa da crise econômica que assola o país nos últimos seis anos. Os bairros da cidade, o centro, estão precisando de melhorias, e sabemos que asfaltar ruas e avenidas é muito caro, o quilômetro do asfalto é muito caro. Então, com a aprovação desse projeto, quem vai ganhar é o povo de Caxias”, assinalou. 

Sargento Moisés diz que oposição se apoia em denúncias falsas para perseguir o prefeito Fábio Gentil

Vereadores governistas e de oposição continuam a manter acalorado o clima de discussões que têm travado nas questões que envolvem a saúde pública no município. O líder da bancada do governo municipal na Câmara, vereador Sargento Moisés (PSD), voltou a dizer na sessão de segunda-feira, 18, que a líder da oposição, vereadora Thaís Coutinho (PSB), talvez não esteja avaliando bem as informações que lhe são repassadas e, com base em dados equivocados ou falsos, vem incorrendo em erros lamentáveis do ponto de vista político e jurídico.

Sargento Moisés ironizou as denúncias de Thaís Coutinho, que não estava no Plenário da CMC.

O vereador, último orador do grande expediente, apontou o caso em que a vereadora denunciou como prática de improbidade, ao Ministério Público Estadual, o convênio firmado entre a Prefeitura e a Faculdade Vale do Itapecuru (FAI), que permite estágios aos alunos dos cursos da área de saúde da entidade nas unidades da Rede Municipal de Saúde. Como a denúncia do MP foi rejeitada e arquivada pelo Tribunal de Justiça do Maranhão, pois questionava um ato perfeitamente legal, Moisés afirmou que o trabalho da oposição consiste apenas em perseguir, sem fundamento e de qualquer maneira, as ações do prefeito Fábio Gentil.

Embora a vereadora Thaís Coutinho não estivesse presente à sessão ordinária, Sargento Moisés deixou claro que estava trazendo o assunto ao plenário em razão da vereadora ter feito insinuação na última sessão solene de quarta-feira passada (13), quando, por uma questão de decoro e respeito ao regimento da CMC, ele não pode fazer sua defesa naquela oportunidade.

Aproveitando a exposição que o vereador Jerônimo Ferreira fizera durante o pequeno expediente da reunião, na qual, tomando por base o trabalho da APAE de Caxias, o parlamentar revelou como se processam as ações do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (Cnes), explicando inclusive que, antes de receber qualquer recurso proveniente do SUS, o órgão conveniado tem que listar detalhadamente o tipo de assistência que pretende oferecer aos seus usuários, o líder do governo direcionou a situação para as denúncias que a líder de oposição trouxera uma semana atrás ao plenário, para mostrar inoperância em áreas de atendimento cadastradas no Cnes pelo Complexo Hospitalar Gentil Filho.

“Não sei o que está acontecendo com a vereadora Thaís, mas tenho certeza que ela está sendo enganada por quem lhe dá tais informações equivocadas”, disse Moisés, acrescentando que reconhece a inexistência de alguns serviços no hospital municipal reativado pelo prefeito. “Só que isso não é improbidade, malversação ou desvios de recursos do SUS, como a colega dá entender, mas o cuidado diligente da Secretaria Municipal de Saúde para cadastrar os serviços que irá realizar assim que o SUS fizer a análise apropriada do atendimento médico a ser oferecido à nossa população. Se nada informarmos ao Cnes, com certeza nada teremos a receber do SUS. Então, estar cadastrado, colocar o montante de recursos necessários para o serviço, é nossa obrigação”, explicou.

Palestra na Câmara Municipal destaca contribuição de Caxias para o Brasil

A CMC não vivenciou somente política na semana. O jornalista, escritor e administrador Edmilson Sanches ministrou na noite de terça-feira (19), no plenário da Câmara Municipal, uma palestra ressaltando a contribuição do município de Caxias para o Brasil. O evento aconteceu numa parceria da Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão (Asleama) com o Poder Legislativo Municipal.

Imortais da Asleama, com os vereadores Mágno Magalhães, Darlan Almeida,

Sargento Moisés, o escritor Edmilson Sanches, e o vereador Antonio Ramos.

A palestra fez parte da programação de eventos da Asleama em homenagem ao filósofo e matemático caxiense Raimundo Teixeira Mendes, criador da Bandeira Brasileira, cujo dia nacional transcorreu nesse 19 de novembro. Confrades e confreiras da academia ocuparam assentos no plenário da Câmara.

"Que minhas palavras sejam de gratidão à prontidão com que esta Casa, que é a Casa do Povo, por meio do Sargento Moisés (PSD) e do vereador Catulé (PRB), atendeu ao nosso convite, convite da Casa de Teixeira Mendes, tomando todas as providências para que este momento de solenidade e de sadio orgulho ocorresse", frisou o presidente da Asleama, professor Guilherme Sousa.
Segundo Edmilson Sanches, "o passado é o presente de maior futuro de Caxias e do nosso Maranhão. Esta palestra é um tributo à inteligência, ao talento, à cultura e ao conhecimento".

Para o vereador Darlan (PHS), "nesses quase três anos na Câmara, a maior alegria que teve foi no dia quando recebeu o diploma e agora com essa palestra, trazendo tudo o que é a cidade de Caxias".

Ramos (SD) declarou ter se emocionado com a apresentação. "Você, Edmilson Sanches, é um arquivo vivo da nossa cidade. Foi uma das maiores aulas de história que já tive", afirmou o parlamentar.

Vereador Magno Magalhães (PSD) disse que saiu dali mais caxiense, mais responsável, mais humano e mais político ainda, ao rever o nosso passado glorioso e, na maioria das vezes, esquecido de forma brutal e premeditada.

Sargento Moisés, que presidiu a sessão solene, ressaltou que "a importância da Asleama para nossa cultura reside no fato de estimular o desenvolvimento da literatura no município, além de premiar os méritos dos mais destacados cultores das letras e da arte em Caxias e região".

Caxienses ilustres

O caxiense Raimundo Teixeira Mendes, além de autor da Bandeira nacional, contribuiu para a criação de diversas Leis em benefício, por exemplo, de trabalhadores, doentes mentais, menores, índios, além de ter sido o redator da Lei que fez a separação da Igreja do Estado, o que permitiu que todo brasileiro pudesse escolher sua própria religião ou até não ter uma.

Além de Teixeira Mendes, diversos outros filhos de Caxias utilizaram seu talento, tempo, esforço e outros recursos para o desenvolvimento de atividades pioneiras no Brasil em diversas áreas. Coelho Netto, conhecido como escritor, foi indicado diversas vezes ao Prêmio Nobel, foi responsável pela dignificação da capoeira como esporte e arte, além de ter sido o introdutor do cinema seriado no Brasil.

Mais do que escrever livros, filhos caxienses criaram escolas literárias, como o Indianismo, de Gonçalves Dias; o Parnasianismo, de Teófilo Dias; o Modernismo nas Artes Plásticas, com Celso Menezes. É também de Caxias Aderson Ferro, considerado "Glória da Odontologia Brasileira", autor do primeiro livro sobre a Arte Dentária no Brasil, no século 19.

Outro caxiense, João Cristino Cruz, é o criador do Ministério da Agricultura. Por sua vez, o caxiense Sinval Odorico de Moura era conselheiro do Império e administrou quatro estados (províncias). Caxienses como Carlos Gomes Leitão foram fundadores de cidades, no caso, Marabá, no Pará.

O advogado caxiense João Mendes de Almeida foi redator da Lei do Ventre Livre. Ubirajara Fidalgo, teatrólogo caxiense, foi o primeiro dramaturgo negro do Brasil. Mãe Andresa Ramos foi líder espiritual estudada por antropólogos e sociólogos e outros estudiosos de diversos países. José Murilo Martins foi médico pioneiro na implantação da Hematologia no estado do Ceará. Armando Maranhão estudou com os maiores gênios do cinema da Europa e é considerado a "Pedra Angular do Teatro Paranaense". Outro caxiense, Joaquim José de Campos Costa de Medeiros e Albuquerque foi o responsável pela realização do primeiro Censo demográfico do Brasil, em 1872, hoje realizado de dez em dez anos, como ocorrerá em 2020.

Outros nomes foram elencados por Edmilson Sanches, como demonstração da forte participação de Caxias na construção da identidade brasileira.


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