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Sílvio Cunha

Caxias, Política e Sociedade

Tensão pré-eleitoral provoca divergências na base do governo


Ao contrário de outras épocas, quando a política parecia mais ortodoxa, onde o jogo das eleições era jogado dentro de um regulamento bem definido, a situação de Caxias, no momento, parece caminhar rumo ao imponderável, mesmo considerando-se que o pleito somente acontecerá no próximo ano. Paira no ar um clima de tensão pré-eleitoral, ainda que, até agora, só uma candidatura esteja bem visível, que é a propositura de reeleição do prefeito Fábio Gentil (PRTB). Não obstante, com assessores digladiando entre si, em alguns casos indo até às vias de fato, o povo sendo mal recebido nas secretarias, denúncias contra o sistema de saúde, quadro de funcionários superdimensionado, dentre outros problemas, aos poucos, vão se formando teias de embaraços que podem atrapalhar as chances do primeiro mandatário da cidade.

Amparado até aqui no sucesso alcançado pelas duas obras que já realizou (praça da Chapada e Mirante da Balaiada), FG não vê a hora de inaugurar o serviço de ampliação e revitalização do Hospital Geral, assim como entregar o shopping dos camelôs, para sentir de novo na face o vento da aprovação ao seu governo. Contudo, não está fácil, em que pese estimar-se que muitos dos problemas da gestão estejam ocorrendo exatamente por causa do inflexível direcionamento de recursos a estas duas futuras realizações, que não podem simplesmente ser deixadas de lado. A primeira, para equilibrar a balança da prestação de serviços médicos mais especializados à população, concentrada atualmente no Hospital Macrorregional, que não está sob o seu comando, mas de adversários. A segunda, pelo compromisso assumido de acomodar os vendedores ambulantes da área central e, assim, melhorar o aspecto urbano da cidade.

Talvez tenha sido esse o motivo do atraso no pagamento da folha dos secretários, e também dos professores aprovados no concurso público. Para piorar, saiu agora uma decisão judicial obrigando-o a iniciar a construção do aterro sanitário da cidade até o mês de agosto, sob pena de pagamento de pesadas multas. O judiciário faz a sua parte, cumpre o que está estabelecido na lei, mas a verdade é que faltam recursos para tais empreendimentos, e não é caso restrito a Caxias, pois a grande maioria dos municípios brasileiros vive o mesmo dilema, e por conta disso a determinação já foi adiada diversas vezes.

Inconformados, alegando desprestígio e falta de atendimento de suas solicitações, vereadores da base situacionista já não escondem o descontentamento com a direção tomada pela administração. Há certo temor de que esteja se repetindo o que aconteceu na administração de Léo Coutinho. E a prova disso é o surgimento de mais nomes com pretensão de tomar conta do governo. Paulo Marinho, por exemplo, já deixou claro que tem essa intenção e vem trabalhando o apoio da classe empresarial que hoje se sente longe dos benefícios proporcionados pela prefeitura. A sua amizade com o senador Roberto Rocha (PSDB), o seminário que promoveu na Fundação Vale do Itapecuru (FAI), sobre o uso alternativo da energia fotovoltaica, a assistência que está oferecendo aos pequenos comerciantes da cidade, diante da perspectiva de inclusão do grupo atacadista varejista Mateus na região (cujas obras já estão em andamento na área da antiga refinaria), e o peso que isso terá para a economia local, são terrenos que aduba muito bem, pensando em suas futuras pretensões.

Em contrapartida, o grupo Coutinho também demonstra apreço em lançar uma candidatura própria, se possível apoiar um nome novo, pessoa de fora da política, mas que seja bem conceituada no município. Ocupando todos os órgãos do governo estadual no município, inclusive detendo o controle do Hospital Macrorregional, faz o que pode para atrapalhar a gestão de Cabeludo. Thaís Coutinho (PSB), batendo na saúde, e Edilson Martins (PSDB), levantando todo tipo de suspeita contra a prefeitura, fazem parte do braço do grupo que não dá descanso às atividades da sua administração.

Mas há também as candidaturas solo, com disposição para ser levadas a sério e chamar a atenção dos grupos em contenda, e com isso amealhar o apoio de que necessitam para entrar com a alguma chance no jogo. O empresário e radialista César Sabá, por exemplo, que sonha em figurar entre as estrelas que fulguram no céu caxiense, dá demonstrações de que talvez tenha chegado a sua hora, e tem usado nas mídias um discurso através qual aponta cirurgicamente as dificuldades e os erros que estão sendo cometidos pela gestão Gentil diante das demandas população, reivindicações do dia-a-dia, como ambulâncias funcionando, conserto de telhados de feiras, de mercados e de unidades de saúde, operação tapa-buracos em ruas e avenidas dos bairros, enfim, trabalhos reclamados onde o povo vive e interage.

Com tantas pontas soltas no cabo que tece para vencer novamente as eleições, não dá para a assessoria do governo ignorar críticas e pouco ligar para o que as pessoas falam, dando margem a que se pense que há realmente privilégios dentro da administração e que tudo mesmo está à disposição dos amigos, da família. Imagine o prefeito ter que defrontar-se, não apenas com um (que para ele seria ideal), mas com dois ou mais candidatos de peso, dividindo os votos que ainda pensa que tem? Por outro lado, as divergências dentro da prefeitura nunca estiveram tão presentes quanto agora, se levar-se em conta que tem crescido o número de publicações nas redes sociais falando mal da gestão, com a divulgação de dados restritos apenas a quem está muito perto ou tem fonte vinculada ao poder. E se a classe política de sua base, finalmente, entrar na eleição pensando apenas em se reeleger? Aí, o caldo entornaria de vez, com grandes chances de assistir-se a uma reedição do que ocorreu com o ex-prefeito Léo Coutinho.

Contudo, é um exagero desmerecer a gestão de Cabeludo até o presente momento, porque é visível o esforço que ele faz para que toda a máquina administrativa funcione bem. É o tipo do gestor que não espera sentado pela solução dos problemas. Então, causa surpresa as imagens divulgadas nas redes sociais e sítio oficial, a refletir momentos felizes vivenciados por quem se locupleta de cargos e empregos na sua administração. Se, para alguns, esse tipo de divulgação mexe com o ego e dá muita satisfação nas rodas íntimas do poder e dos amigos, e é uma evidência de que a vida vai muito bem, tem efeito diametralmente oposto no conceito da grande maioria da população, sobretudo nos segmentos mais pobres, que sofrem com gargalos de deficiência no serviço público, não tem plano de saúde e lutam ferrenhamente, todos os dias, para sobreviver.  É bom não esquecer que é da população que sai o voto, menos de quem acha que a hora é de aproveitar, experimentar o que outros já fizeram no passado e se deram bem, inclusive surtar, pensando que o prêmio da vitória eleitoral dá aos vencedores o direito de usar como quiser os recursos que só chegam a Caxias porque o seu povo existe.

FOGO AMIGO CRESCE E CAUSA DESENTENDIMENTO

Sargento Moisés e Jerônimo travaram debate ríspido no plenário, enquanto Repórter Puliça disse

que está impedido deusar a farda de trabalho por causa da denúncia de dois políticos.

Na ribalta política propriamente dita, a Câmara Municipal, episódio agressivo durante a semana rompeu a apatia das últimas reuniões. Não foi uma ação plausível entre governo e oposição, mas fogo amigo. Quer dizer: aliados brigando entre si; o próprio exército jogando bombas em si mesmo.

Afastado da casa por conta de um tratamento médico que o impediu de participar das últimas sessões, nessa segunda-feira, 20, o líder do governo, vereador Sargento Moisés (PSB), retornou às suas atividades de maneira surpreendente no pequeno expediente, contrariando a expectativa que se espera de uma pessoa ainda em período de resguardo da cirurgia a que foi submetida. Sem meias palavras, partiu para cima do colega de bancada, Jerônimo Ferreira (PPS), usando de adjetivos pouco utilizados na atual legislatura. “Mentiroso”, “Chantagista”, foi o tom da intervenção de Moisés contra Jerônimo, que, obviamente, respondeu no mesmo diapasão. Aparentemente, tudo por conta de uma exposição de Jerônimo em desfavor da empresa de transporte coletivo que explora o serviço na cidade e que, por isso, está sendo objeto de denúncia, sobretudo de usuários que residem nos bairros mais afastados da área central de Caxias.

Moisés, em meio à forte discussão que se seguiu, cobrou uma postura mais engajada do colega com a liderança da bancada, em vez de trazer para o plenário o que ouve nas ruas. “Não sou subserviente ao prefeito, sou um vereador do povo que me elegeu. Já estive com o prefeito para tratar do assunto e ele me agradeceu por trazer à tona um problema que ele próprio está tendo dificuldade para resolver”, declarou JF. Moisés, entretanto, não se deu por satisfeito, e lembrou no plenário que é uma pessoa de passado limpo, ao contrário do colega, segundo ele, envolvido em problemas judiciais.

 Em sua contra-argumentação, Jerônimo observou que se Moisés estava se referindo à instituição a ele ligada, a APAE, patrocinava uma mentira, uma vez que o seu nome nunca figurou em processo judicial. E ressaltou que se a instituição segue firme assistindo pessoas com alguma excepcionalidade, isto acontece graças aos recursos que lhe são repassados legalmente pelo governo municipal, o que é um atestado de que não há irregularidades no órgão. Ao concluir seu pronunciamento, JF prometeu vir à forra nas próximas sessões, fazendo crer que Moisés terá muitas dificuldades pela frente. 

Outro vereador a deixar claro o clima de tensão presente na política caxiense foi Repórter Puliça (Gladston Costa e Silva). “Hoje não posso mais sair fardado de Repórter Puliça, em razão da repercussão de minhas reportagens em nível nacional e até mesmo na Argentina”, disse no pequeno expediente o parlamentar do PRB, ao revelar que a situação existe por causa de dois políticos, sobre os quais oportunamente se manifestará. Na sexta-feira que passou, RP disse que foi surpreendido pela notícia de que um mandato de prisão fora interposto contra ele no quartel da PMMA, caso continuasse a usar a farda que utiliza em seu trabalho.

“Eles tiraram a farda, mas não tiraram minha língua. E meu trabalho vai continuar doa a quem doer. Já estou preparando outra farda, exclusiva”, destacou o vereador, que recebeu a solidariedade do presidente Catulé (PRB) e do vereador Magno Magalhães (PSD). Para Catulé, RP devia até usar outra farda mais bonita, enquanto que Magalhães centrou suas palavras assinalando que o caso “demonstra que, apesar da liberdade de expressão que temos no Brasil, certamente se trata de inveja com a projeção que o trouxe a casa do povo, um fato lamentável, mas, com certeza, isso não vai tirar o brilho da sua atuação como apresentador e muito menos enquanto representante desta casa”.

A tempestividade dos parlamentares procede, porque todos são como gatos escaldados, que tem medo de água, mas agora vivenciando uma conjuntura desconhecida, graças às mudanças que irão vigorar nas próximas eleições municipais, quando o regime de coligações será posto de lado. Como se ameaçados por fantasmas da mudança de regras, nestes últimos dias de maio, a pretexto de homenagear as mães, vereadores lançaram-se sobre redutos de seus colegas, visando claramente cooptar correligionários insatisfeitos. E tem também a ação de assessores do governo usando a máquina pública contra vereadores, no intuito de desacredita-los de nada fazer em seus redutos, a não ser pedir e intermediar demandas junto ao Executivo, com a finalidade de substituí-los na próxima contenda eleitoral. 

“Ocorre que esse é o papel do vereador. Somos legisladores, fazemos leis, fiscalizamos o que a prefeitura faz e, é claro, reivindicamos o que a população nos passa. Não somos construtores de nada, pois quem realiza obras é o prefeito, a Secretaria de Infraestrutura”, desabafou na sessão de segunda-feira o vereador Neto do Sindicato (PCdoB), incomodado com o assédio de funcionários da prefeitura em suas bases na zona rural para desestabiliza-lo, fato que, a se comprovar, tipifica crime de prevaricação, ilícito em que o funcionário público abusa e exorbita das funções do cargo que exerce, passível de ser processado e sofrer demissão sumária.

CENÁRIOS

Portanto, essa é a temperatura política de Caxias para o momento. Mas tudo pode mudar, fazer os ânimos serenarem, caso a PEC 376 entre na pauta das discussões do Congresso Nacional. Essa proposta de emenda à constituição, que remonta  ao ano de 2009, está em vias de ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. Através da propositura do ex-deputado rondoniense Ernandes Amorim, as eleições de 2020 não se realizariam, e seriam prorrogadas para 2022, alinhando-se os mandatos políticos de gestores de estados e municípios, assim como de vereadores.

A mobilização política é para que a medida seja aprovada ainda este ano na Câmara Federal, para que já possa ser implementada no próximo ano. Se a proposta for aprovada, prefeitos e vereadores serão beneficiados com mais dois anos de mandato, mas políticos do Executivo não poderão disputar reeleição.

Além do alinhamento dos pleitos, a medida aumenta de oito para dez anos o mandato de senador, estabelece o mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos e põe fim à reeleição para prefeitos e governadores. Além do mais, os deputados querem também limitar o número de reeleição para o legislativo, que hoje não tem nenhuma restrição.

Como se vê, não há fato consumado que justifique o desespero e a tensão registrados nos últimos dias, ainda que se leve em conta a velocidade como as coisas mudam atualmente na política. Mas, com a crise econômica que está amarrando toda a nação, com o governo federal cortando gastos a torto e a direito e sem uma expectativa concreta de recuperação de receitas, dificilmente o país terá condições de realizar as eleições do próximo ano. A aprovação da PEC 376 dá mostras de que passará da ficção para a realidade, e isso terá o poder de serenar os ânimos no terreno da disputa eleitoral.

Se não, o quadro apresentará outra imagem, já que em 2020 a eleição municipal reunirá novas regras. Não haverá, por exemplo, mais coligações. Mas haverá a barreira do desempenho mínimo (10% do quociente eleitoral) e as vagas não preenchidas serão também disputadas por candidatos cujos partidos não atingiram o quociente eleitoral. Além disso, o fim do acesso à propaganda gratuita na TV e ao Fundo Partidário deixarão alguns partidos esvaziados, sem competitividade para as próximas eleições. É uma situação nova que requer dos futuros candidatos a vereador a capacidade de analisar corretamente a viabilidade eleitoral das agremiações a que pertencem.

Daí essa preocupação de cada um, tanto dos que estão dentro quanto dos que estão fora, de entrar em campo já a partir de agora, buscando fortificar ou criar suas bases eleitorais. É por isso que o vereador Catulé, do alto da sua experiência como mais antigo parlamentar em atividade na casa, disse recentemente que a eleição de 2020, em Caxias, vai parecer um mar de fogo, deixando claro que irão se sobressair os que tiverem mais competência para interpretar e assimilar o novo processo já aprovado e homologado pelo Congresso Nacional.

CONVITE À CEMAR

Dando sequência ao trabalho que os vereadores estão fazendo para pressionarem a Cemar a melhorar o serviço no município, em face das muitas denúncias que chegam à Câmara, na sessão dessa segunda-feira, 20, o presidente Catulé (PRB) expediu convite à diretoria da empresa, para que participe de uma audiência pública, em data ainda a ser definida, que versará sobre a problemática da oferta de energia elétrica em Caxias. “O convite está feito, mas só faremos essa audiência se vier a diretoria geral, porque às vezes querem nos empurrar representantes de Timon, e assim não dá, a Casa não se diminui”, explicou Catulé, ressaltando que já participou de várias denúncias feitas contra a empresa e que, mesmo assim, em vez de melhorar, o serviço está piorando. “Do mesmo jeito que a Oi”, alfinetou o presidente, lembrando outra empresa que também é alvo de muitas reclamações em Caxias.

Catulé fez o convite, mas só fará audiência se a diretoria geral da Cemar

confirmar presença.

Ao longo da sessão, os vereadores Magno Magalhães (PSD), Neto do Sindicato (PCdoB), Antonio Ramos (SD), e a vereadora Thaís Coutinho (PSB), também teceram críticas à Cemar.

Para Magno Magalhães, “a classe política nacional sofre de certa alienação no que tange à questão energética. No país se paga energia para não se ter usufruto do que se paga. Temos que entender que isso só vai acabar quando acabar o monopólio energético. Não adianta fazer denúncia para a Cemar, enquanto ela não tiver concorrente”, salientou.

Vereadores Magno Magalhães e Neto do Sindicato, também se manifestaram

contra o serviço da Cemar.

Apoiando as manifestações dos oradores que o precederam, Neto do Sindicato disse que a Cemar é uma das piores prestadores de serviço e relatou que, recentemente, no 3º Distrito de Caxias, foram três dias com energia que não tinha força para girar sequer um ventilador. “Mesmo assim, as contas são altíssimas. É preciso que seja dado um basta”, destacou.

 Antonio Ramos disse que reclamar, às vezes, resolve, enquanto Thaís Coutinho

acha cara a iluminação pública. 

Na interpretação do vereador Antonio Ramos, outro a se manifestar, o problema da falta de energia elétrica, sobretudo na zona rural do município, se dá por falta de manutenção, o que é muito sério. Mas lembrou que denunciar às vezes funciona, citando como exemplo sua intervenção sobre 17 dias sem energia na região do Povoado Buenos Aires. “Reclamamos, e a Cemar resolveu o problema”, explicou.

Intervindo na discussão, a líder da oposição, Thaís Coutinho, concordou com os colegas, asseverando que “a Cemar realmente deixa a desejar, e que as pessoas reclamam também da iluminação pública, que é cara em Caxias, principalmente na zona rural e no final do ano”.

REVELAÇÃO SURPREENDENTE

Luís Carlos desconfia que Edilson Martins quer mudar para a base do governo.

Quando a sessão caminhava para seu desfecho, como a justificar que a política é também uma caixinha de surpresas, eis que o vereador Luís Carlos Ximenes (MDB), da base do governo, trouxe ao plenário um incidente ocorrido nos bastidores, revelador de que até no Grupo Coutinho, pensando em seus interesses, tem gente ameaçando deixar o barco. Usando tom irônico, Luís Carlos fez seu discurso dizendo de uma pesquisa que realizou nas redes sociais, através das quais ficou ciente de que o vereador Edilson Martins, uma das mais contundentes vozes da oposição, tem interesse em aliar-se ao prefeito Cabeludo.

“Não estou aqui para defender o prefeito, porque eu fui eleito pelo povo. Mas o que eu disser aqui, não tem quem faça eu desfazer. Agora ruim é vir falar mal do prefeito, amanhã marcar uma audiência com ele e dizer que ele é bom”, declarou.

Não é possível ainda saber até onde vai a desconfiança do vereador emedebista, dado que, até agora, Edilson Martins é o oposicionista que mais faz cobranças diretas, aponta defeitos e levanta suspeitas contra o governo. Sempre que se manifesta, cobra um pagamento de abono salarial aos professores e denuncia atraso na remuneração dos caçambeiros do serviço de limpeza. Em seu último requerimento ao prefeito, pediu o envio de informações sobre contas públicas referentes ao CaxiasPrev dos órgãos Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação, Saae e Administração, dos anos base 2017 e 2018.

Se tal posicionamento significa instrumento de pressão, ou não, só o tempo dirá.  Enquanto isso, os apaixonados que frequentam as galerias da Câmara cruzam os dedos para assistirem a mais episódios explosivos no contexto da política caxiense, lances que, na avaliação do presidente Catulé, despertam as atividades da casa e servem para valorizar o parlamento, no sentido de configurar discussões mais aprofundadas e propor soluções viáveis diante dos problemas do município.


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