Wybson Carvalho
Recanto do Poeta
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O quê é para ser falado
minha alma brada em voz.
O quê é para ser calado
minha atitude cala à vós.
Ao quê não pode ser almejado
à minha razão desistiu de nós.
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Eu nenhum...!
Preso às más circunstâncias escravizo-me em fugas
à procura do meu eu...
sem encontrar êxito ao afã,
multiplico as buscas pelo zero
à esquerda de mim...
Procura inútil...!
Aprisionado sim,
mas - vez em quando -
fujo da cela que há em mim procurando encontrar a solidão que a fuga me faz...
fugitivo me busco em outra ambiência solitária que essa...
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Pedaços de um eu algum
Há no meu eu o pulsar de um desejo
e no qual há, ainda, o quê, agora, almejo;
que o fim do somatório da minha dor
não interrompa os gritos do clamor;
face a um pedaço ser bem emudecido em mim,
e o meu outro resto é ouvido, mas ruim...
A sinfonia que me invade desde o nada
é bem-vinda, ainda que quase desafinada;
e eu a quero para sempre almejada
ainda que pouco executada;
face a...
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... se o teu silêncio é o idioma da tua alma, então ensurdecedor é o vocabulário de tua matéria a se negar ao que deveras sente em ambas...
...não é o seu desprezo que mudará quem eu sou para você; por isso me conheça, verdadeiramente, no âmago do seu silêncio às pouquíssimas vezes que se lembrar de mim...!
...namorei o teu verde olhar com oferta de esperança dele ser meu, mas o...
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Animais e animais
Os homens do início içaram a criação;
os homens do meio imergiram a inteligência;
os homens de agora inventam sob ira;
os homens do amanhã, não existirão.
Ordens em vão
Homens ávidos à paz
insidiaram a causa da ira.
as armas frias e de fogo
não mais mancharam o mundo,
então,
a intenção de viver
paira em novas certezas.
porém,
a...
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Carnaval
Abundância de carne animal
repartida aos entes do teatro infernal...
eis,
a iguaria vadia da fantasia...
mistura de utopia e alegria:
homens e máscaras em memorial
e
sob marchas em euforia no bacanal.
Quarta-feira de cinzas
Há homens derramados nas passarelas e rostos de alegria apanhadas nas sarjetas pelos foliões da última noite...
momentaneamente,
um período dantesco se apaga para tudo retornar à luz...
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Poesia à luz
Escrevi-te e transportei-te à ética
do pensamento ao branco papel
eis, pois, a alma poética
sob expulsão do útero verbal
à existência constituída
em eterno livro memorial!
Tua carne
Eis, a densa porção avermelhada
em 1/3 da tríplice matéria
na qual tua alma está acasalada
e imersa na vermelha vida em sangue!
Destinação
O azul...
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Valsa do descompasso
Quando meus passos estiverem bailando
de um lado para outro,
a personalidade dos indivíduos será abalada
ao prosseguir nas vias estáticas
do comportamento social.
Oferta à vida
Haveria prata, ouro e diamantes,
se eu preferisse caminhar certo
pelos tortos e estabelecidos caminhos
pautados em tua ambiência.
mas,
vesti-me do nada
e rumei por veredas aziagas
do meu inferno existencial
a...
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Um réu ao cálice de fel
Os pecados que são imputados ao homem
são cores afóticas
como o olhar demoníaco nas trevas...
porém,
ele vê a vida caída num esgoto de água turva.
então,
em seu suicídio inundado,
sua alma não será perdoada pela ira infernal.
Amputação
O que tiram de mim
não farta a lacuna da ganância ao alheio:
se...
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O poder
Poder é sempre um espelho
a refletir imagens:
reais – dos que o detêm para aqueles que o querem
irreais – daqueles que o querem, mas não o têm.
Iguaria real
Em mim há uma porção negra:
confusão de minha origem ao apuro da morte
- qual vela apagada à existência.
Opus caxiense
Caxias, palco invadido por claques outros
a marginalizar teus nativos artistas,
em teu...
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