Além de estar bem situada no processo participativo de desenvolvimento econômico-financeiro, no qual ações governamentais estimulam a iniciativa privada a investir, maciçamente, nos segmentos: imobiliário; com surgimento de condomínios e conjuntos residenciais que aquecem os negócios da construção civil, e, ainda, comercial; com os negócios varejistas e atacadistas  aquecendo a economia local, a cidade de Caxias, também, sempre se destacou, nacionalmente, por suas tradições em linguagens artístico-culturais de cunho erudito, tais como: a literatura, Gonçalves Dias e Coelho Neto, as artes plásticas - pintura e escultura - Celso Antônio Silveira de Meneses; a música, Teodoro Ribeiro Júnior, e tantas outras e outros mais.

Mas, a cidade tem sido referenciada acerca da cultura popular. Em inserções, com spot´s televisivos institucionais da cultura brasileira, as manifestações folclóricas do nosso Reisado (Caretas) e Divino Espírito Santo têm sido mostradas para o restante do País, principalmente, nas regiões Sul e Sudeste. Com duração de um minuto e meio, essas manifestações espontâneas das camadas populares de comunidade caxienses são mostradas e explicitadas em depoimentos de pessoas como o Senhor Manoel Duarte, da comunidade do Campo de Belém, e outros produtores culturais populares do nosso bravo povo. Aliais, o produtor cultural, Manoel Duarte, recebeu do Ministério da Cultura, em 2009, a condecoração de Mestre Brasileiro da Cultura Popular; honraria concedida àquelas pessoas que disseminam a cultura como forma contínua de arte peculiar a um povo tradicionalmente reconhecido. Outro caxiense distinguido pela mesma honraria ministerial, ainda, naquele ano é o Mestre Brasileiro de Cultura Popular, Raimundo Pastorador, da comunidade do Mutirão; considerado no seio cultural brasileiro como um dos mais criativos, autênticos e espontâneos cantadores de toadas do folclore maranhense, Bamba Meu Boi.

Seguidor e Ativista cultural (Pelé)

Ainda, na cultura popular caxiense, a Dança do Lili é uma atividade outra artístico-cultural e popular, nos gêneros da dança e do canto, que brevemente terá reconhecimento nacional. A linguagem cênica da cultura popular tem origem a partir dos folguedos religiosos celebrados na zona rural, durante o período da Semana Santa no qual as pessoas, em reunião nas comunidades, dançam e cantam toadas, ladainhas e cantigas, genuinamente caxienses, sempre versejando com o auxílio de instrumentos musicais.

Na sede do município de Caxias do Maranhão, com adaptações às peculiaridades urbanas, observadas e introduzidas pelo seu criador, Raimundo Nonato da Silva (Pelé), a Dança do Lili, desde sua criação em maio do ano de 1985, a Dança do Lili, já como um ritmo urbano dançado e cantado, que exige uma expressão corporal com indumentária leve e colorida do vestuário rural, sob a harmonia de instrumentos de sopro, cordas e percussão, é, atualmente, um bem cultural e educativo, nos gêneros da dança e do canto, e está presente nos principais eventos do calendário artístico de Caxias e outras cidades. A Dança do Lili é ministrada como atividade extraclasse no calendário escolar das unidades de ensinos público e particular de Caxias e cidades circunvizinhas na região leste maranhense.

E o importante é que, agora, a cidade de Caxias insiste em estar presente em outro Edital-Governamental, que contemplará 20 mestres de cultura popular maranhenses, e, portanto, nosso Município estará mais uma vez concorrendo ao pleito; desta vez, com a presença de nosso ativista cultural Raimundo Nonato da Silva, o Pelé, criador da Dança do Lili. Pelé está inscrito com seu rico dossiê cultural na linguagem criativa da dança popular.