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Praça João Lisboa: Reforma como deve ser


Praça João Lisboa e Largo do Carmo. Imagem: Jornal Pequeno.

Nessa quarta-feira (11), a Prefeitura de São Luís entregou a população a reforma da Praça João Lisboa, Largo do Carmo e algumas ruas no entorno dessas praças, obras que parte do projeto de revitalização do centro histórico da capital. A obra teve como finalidade levar de volta aqueles logradouros o cidadão que estava afastado do espaço público, incentivando a caminhada pela região, tendo como pano de fundo os casarões e seu entorno repleto de história. A Prefeitura levou em consideração para esse projeto a carga cultural do local, conforme afirmou o prefeito Edivaldo Holanda Junior, em entrevista aos meios de comunicação.

A Praça João Lisboa e o Largo do Carmo são locais histórico que remontam a origem da cidade e ajudam a contar seu desenvolvimento urbano e econômico ao longo dos séculos. O espaço mantém um considerado número de casarões e monumentos e estão situados no coração do centro histórico de São Luís. Além dessa importância histórica, ali também é determinante para o sistema viário da área central, recebendo um grande número de automóveis que se deslocam para outras regiões da cidade.

Uso original resgatado

Justamente ser um ponto de distribuição desse sistema viário, trafego pesado de automóveis, estacionamentos e outras situações urbanas, as praças serviam apenas de locais de passagem a alguns pedestres que a usavam no dia a dia para suas tarefas. Esse projeto de revitalização, usando o potencial histórico-cultural do perímetro, devolveu o espaço para uma ambientação mais cidadã, fazendo com que o habitante da cidade o use também para recreação.

Assim, monumentos originais foram restaurados conforme a sua originalidade, sendo mantidos. Além de bancos e iluminação originais, mantendo o foco da bela época dos séculos XIX e XX. Parte da pavimentação continuou com pedras portuguesas e um novo espaço do passeio público revestido com granito. Já as ruas tiveram a pesada camada de asfalto removida para dar lugar ao paralelepípedo.

Construções que devam um ar de degradação foram removidas. Foi o caso de treze boxes construídos na década de 1950 para as linhas de bonde e, quando estes foram desativados, serviam de abrigos para comercio informal de lanches e bancas de revistas. Esse abrigo foi demolido e os ocupantes devidamente indenizados, não sendo reconduzidos para o logradouro. Em seu lugar foi construído um jardim. Essa ação de não colocar quiosques modernos para a venda de produtos foi essencial para manter a praça com a sua função original e principal, que é a de passeio e lazer do pedestre.

Esse projeto de revitalização da Prefeitura de São Luís teve acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, seguindo as diretrizes de revitalização de áreas históricas.

Caxias, suas praças e seu centro histórico devem seguir o mesmo

Logo após a criação do entro histórico de Caxias, em 1990, houveram mudanças radicais nas praças de sua área central. Alguns positivas, como o caso da Praça Gonçalves Dias, que foi redesenhada conforme a planta original da década de 1910, recebendo ainda novo paisagismo e pedras portuguesas com detalhes ricamente elaborados nas letras G e D, iniciais do nome do seu patrono. Então as praças passaram a receber esse tipo de pavimento em pedra portuguesa, mas não se levando em consideração o entorno de cada uma.

Já nos últimos anos as praças foram reformadas com uma nova concepção e novos tipos de materiais. Passou-se a adotar nos espaços públicos quiosques e equipamentos urbanos para a prática de esportes, chamadas aqui de ‘academia ao ar livre’. Outro elemento que virou moda foi o piso de bloco intertravado, como nas reformas das praças Vespasiano Ramos e Duque de Caxias.

Esses equipamentos urbanos tem como objetivo trazer de volta o morador a praça, que estão afastados dos logradouros, dando mais vida aos espaços outra vazios. Mas é uma concepção equivocada, pois a praça vai além desse uso especifico e perde cada vez mais a ideia de local de sociabilidade. Já o piso intertravado não é indicado para praças de cunho histórico pois tira a noção de espaço com ambientação cultural, local e artística.

A revitalização da Praça João Lisboa, Largo do Carmo e de seu entorno é um exemplo que deve ser seguido em Caxias.


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