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Um mês de Coelho Neto


Neste ano de 2022, a Academia Caxiense de Letras (ACL) completa 25 anos de fundação. E para dar início a este ano de celebrações esse primeiro mês de janeiro será totalmente dedicado ao nosso ilustre conterrâneo Henrique Maximiano Coelho Neto (1864-1934), Patrono da ACL. Essa singela homenagem seguirá até o mês seguinte, fevereiro, mês de seu nascimento. 

Em 1870, quando completara seis anos de idade, toda família mudou-se para o sul do país e Coelho Neto só voltaria a Caxias em 1899, sendo recebido com todas as honrarias e louvores de um filho ilustre. Ele retornaria ao Maranhão novamente em 1918, em campanha para o seu quarto mandato como Deputado Federal e também para Senador, o que era possível na época. Infelizmente os registros fotográficos dessas duas viagens pelo Maranhão e por Caxias se perderam no tempo. 

A imagem abaixo captada antes de seu embarque no porto do Rio de Janeiro, mostra o poeta ao lado de familiares, amigos e um grupo que o acompanhou em sua segunda viagem a sua terra natal.

contraolig

“Contra a oligarquia do Maranhão – Partida de Coelho Neto para o berço de João Francisco Lisboa e Gonçalves Dias, ora transformado em aldeamento sob a chefia do pagé Urbano (Santos). O grande escritor é o que está no centro na 1ª fila, de cabeça descoberta. Partiu para o Maranhão, a fim de disputar a cadeira de Deputado Federal que lhe foi arrebatada pela ‘taba’ oligárquica...”. Imagem: Revista O Malho (RJ), Ed. 850, 1918. 

Coelho Neto desembarcou na capital maranhense no dia 19 de fevereiro, sendo recebido por intelectuais da Academia Maranhense de Letras, autoridades e o povo em geral. Aqui participou dos mais diversos eventos sociais, políticos e culturais, sempre com sua eximia oratória, onde fez também algumas conferências. Tinha planejado passar o dia da eleição, 1º de março, em Caxias, mas acabou ficando por São Luís. No dia 4 de março, ele embarcaria de volta ao Rio de Janeiro. A apuração terminaria no mês seguinte onde ele obteve pouco mais de 1.200 votos para Deputado e cerca de 800 para Senador, uma inexpressiva votação que o deixou decepcionado com a política abandonando-a de vez. 

Imagem: O Jornal, São Luís (MA), Ed. 994, fevereiro de 1918.


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