PUBLICIDADE

Geral

Caxias completa 184 anos de emancipação política

Em 5 de julho de 1836 foi promulgada a lei de nº 24 da Assembleia Legislativa, elevando a Vila de Caxias a categoria de cidade.

Por: Wybson Carvalho | Data: 05/07/2020 09:51 - Atualizado em 05/07/2020 10:03
Compartilhar

Neste domingo, 5 de julho, Caxias completa 184 anos de emancipação política.

Vila – Em 31 de outubro de 1811 foi conferido o título com prerrogativa de Vila, sendo criada com as solenidades de costume em 24 de janeiro de 1812.

Foi seu primeiro juiz de fora o desembargador Luiz de Oliveira Figueiredo e Almeida, que, vindo de Lisboa, chegou a São Luís em outubro de 1812 e chegava a Caxias em janeiro de 1813.

Proclamada a Independência do Brasil no dia 7 de agosto de 1822, no país não reinou a calma e, nos estados da Bahia e Maranhão as lutas contra a nossa Independência foram mais sangrenta, e o Maranhão só vem aderir à causa da nossa Independência em 28 de julho de 1823, e Caxias é o último foco de resistência.

Segundo o historiador caxiense César Augusto Marques, a Vila de Caxias aderiu à causa da Independência da seguinte forma:

 A junta provisória do governo do Ceará, desejando favorecer as intenções dos habitantes do Piauí, que ambicionavam a sua independência, deliberou expedicionar para essa província o governador das Armas José Pereira Filgueiras e o membro mais votado Tristão Gonçalves Pereira Alencar Araripe, para que promovesse o bom êxito do tal projeto.

Pondo-se em marcha os expedicionários a 30 de março de 1823, recebeu o dito governador, a carta imperial de 16 de abril do mesmo ano, autorizando-o a reunir toda a força para proclamar a Independência do Maranhão.

Apresentou-se a junta em frente de Caxias com perto de 6.000 homens, e depois de longas fadigas e privações, no dia 31 de julho do dito ano celebrou-se uma honrosa convenção em sessão extraordinária da Câmara Municipal, reunida na então capela de Nossa Senhora dos Remédios, tendo a ela comparecida o clero, nobreza, o povo e os sitiantes comandados entre outros pelo major Salvador Cardoso de Oliveira e João da Costa Alecrim e o sitiados sob o comando do major português João José da Cunha Fidié.

No dia seguinte, 1º de agosto/1823, as tropas independentes entraram em Caxias e no dia 6 procedeu-se à eleição para vereadores tendo sido eleitos: Francisco Henrique Wilk, capitão Clemente José da Costa, José Isidoro Viana, Francisco Joaquim de Carvalho, João Ribeiro de Vasconcelos Pessoa e José Maria César Brandão.

No dia 7 de agosto realizou-se na capela de Nossa Senhora da Conceição (ainda em construção) reunindo a Câmara clero, nobreza e povo o ato de juramento da Independência do Brasil e obediência ao imperador constitucional e defensor perpétuo do Brasil, senhor D. Pedro I.

A junta provisória, dando conta em 18 de agosto de 1823, para a Corte das ocorrências tendentes a Independência, disse que Caxias sustentou o cerco das forças independentes por se achar dentro o governador das Armas Constitucionais do Piauí, João José Cunha Fidié, com bastante armamento, boa artilharia e bem fortificado, mas como se lhe acabasse víveres capitulou finalmente e rendeu-se com discrição.

O Morro das Tabocas, onde Fidié se entrincheirou, também, chamado de Morro Agudo e mais tarde Morro do Alecrim, recebeu este nome em memória do cabo de guerra João da Costa Alecrim, por inspiração do nosso poeta maior Antonio Gonçalves Dias.

O Morro do Alecrim tornou-se notável não só pelo valor com que aí resistiram, debaixo de todas as privações, as tropas portuguesas às forças da Independência, como também pelo heróico e incansável denodo com que foram ali vencidos os rebeldes balaios.

Cidade - Em 5 de julho de 1836 foi promulgada a lei de nº 24 da Assembleia Legislativa, pelo presidente da Província do Maranhão, senador Antonio Pedro Costa Ferreira, elevando a Vila de Caxias a categoria de cidade.

“Depois da capital, se não nos fascina o amor da terra natal, sem duvida ocupa o primeiro lugar esta importante cidade, onde se pode viver cercado de todas as comodidades”.

E foi em 1939, a revolução dos Balaios, que depois de dois meses de rigoroso assédio e de repetidas escaramuças, nos dias 30 de julho e 1 de agosto (aniversário da sua adesão a Independência) os rebeldes apoderaram-se dela roubaram muitas fortunas, incendiaram e inutilizaram propriedades, prenderam muitos cidadãos e mataram mais de 200 pessoas de todas as classes sociais. A revolução dos Balaios que só iria findar em 18 de julho de 1841, e, Luis Alves de Lima e Silva foi promovido a general com o título de Barão de Caxias antes de completar 38 anos de idade.

Em 1858, o bispo D. Manoel Joaquim da Silveira, que durante nove anos regeu a Diocese do Maranhão (mais tarde Arcebispo da Bahia) e fez à mesmas seis visitas, estendendo a última à cidade de Teresina, capital do Piauí, para onde foi de São Luís por terra. Apreciando os serviços que fizera nestas visitas, e chegando a Caxias, onde se hospedou em casa do padre Julião Soares, pároco da freguesia de São Benedito e diante das condições que apresentava esta boa cidade, fez com que o nosso bispo num arroubo de eloquência a chamasse de “Princesa do Sertão” título que nunca desmereceu.

PUBLICIDADE

Veja Mais



Comentários

PUBLICIDADE

Responsive image
© Copyright 2007-2019 Noca -
O portal da credibilidade
Este site é protegido pelo reCAPTCHA e pelo Google:
A Política de Privacidade e Termos de serviço são aplicados.
Criado por: Desenvolvido por:
Criado por: Desenvolvido por: