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Esporte

Caxiense ex-Flamengo e Corinthians venceu desconfiança pelo futebol

Antes de virar jogador, Chiquinho ajudava no sustento da família vendendo nos campos de várzea da cidade os geladinhos que a mãe fazia.

Por: ESPN.com.br | Data: 08/03/2021 22:24 - Atualizado em 08/03/2021 22:28
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Com passagem por grandes clubes como Flamengo e Corinthians, Chiquinho precisou vencer a desconfiança para dar certo no futebol. Atualmente, ele é um dos jogadores mais conhecidos do Santa Cruz, que enfrentou o ABC-RN pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Nordeste.

O garoto da cidade de Caxias, interior do Maranhão, saía de casa para jogar bola na vizinhança, mas contava com a marcação forte da própria mãe, que preferia que o filho estudasse.

"Ninguém acreditava que eu iria chegar aonde eu cheguei, nem a minha própria mãe. Só eu mesmo (risos). Às vezes brinco com ela: 'A senhora ia atrás de mim com um pedaço de pau ou um cinto para me bater porque eu estava jogando e dizia que isso não iria me sustentar. O que iria me sustentar eram os estudos'", contou Chiquinho, ao ESPN.com.br.

"Graças a Deus tive a chance de conhecer o mundo jogando futebol e pude ajudar a sustentar a minha família. Quando nos sentamos para conversar damos muita risada dessas histórias. Eu pulava os muros para ver jogos ou jogar, e ela sempre me pegava no flagra (risos)", recordou.

Antes de virar jogador, Chiquinho ajudava no sustento da família vendendo nos campos de várzea da cidade os geladinhos que a mãe fazia. O sonho do garoto, porém, era mesmo correr atrás da bola.

Depois de começar em escolinhas, ele foi passar férias em Brasília para visitar os irmãos, que moravam no Distrito Federal.

"Comecei a jogar pelada de rua no meio dos mais garotos velhos e um olheiro do CFZ-DF me chamou para jogar um campeonato. Me destaquei, e um empresário me levou ao Brasiliense-DF. Depois, fui levado para os juvenis do Atlético-MG", contou.

'Tite é sensacional'

Depois de subir de categorias, Chiquinho estreou pelo time profissional do Atlético-MG com o técnico Émerson Leão, em 2009.

Após perder espaço no time mineiro, ele foi emprestado para Tupi-MG e Ipatinga-MG antes de chegar ao Corinthians, em 2012. Quase desconhecido à época, ele chegou ao time que havia vencido a Libertadores no mês anterior.

"Foi ali que a minha vida passou a subir de patamar. O Tite é um cara sensacional, paizão mesmo. Tem uma forma ótima de trabalhar e tenta alavancar a carreia de todos os jogadores. Ele melhora a auto estima do jogador", elogiou.

"Não tive muitas oportunidades porque o elenco era muito qualificado e estava se preparando para o Mundial de Clubes. Nas poucas chances que eu tive tentei aproveitar. Agradeço muito ao professor Tite por tudo que me fez", contou.

'Sonho no Flamengo'

Em 2013, Chiquinho foi um dos destaques da Ponte Preta que foi vice-campeã da Sul-Americana. Depois, ele passou por Fluminense e Santos antes de chegar ao Flamengo.

"Fui treinador pelo professor Muricy Ramalho e cheguei a jogar como meia-atacante porque o Jorge era titular. Eu jogava como lateral quando ele ia para a seleção brasileira. Foi uma passagem de muito aprendizado".

Ele realizou o sonho de sua família - quase toda torcedora do Flamengo - de jogar no Maracanã lotado.

"A torcida do Flamengo é tão apaixonada quanto a do Santa Cruz porque gosta de vibrar e ajudar. Elas são muito parecidas", elogiou.

Após sair do time rubro-negro, Chiquinho ainda passou por Shonan Bellmare e Oita Trinita, ambos do Japão.

"Foi uma experiência muito bacana porque os japoneses são muito acolhedores e fazem de tudo para te ver bem no país deles. Eles gostam muito de futebol e te apoiam mesmo quando você perde um jogo", afirmou.

"Eu sofri um pouco por causa do idioma japonês e pelo fato da maioria do pessoal não falar inglês. Às vezes a gente saía para comer, e eu tinha que ficar só apontando as coisas (risos)", afirmou.

'Casamento perfeito'

Em 2018, ele voltou ao Brasil e defendeu São Caetano e Coritiba antes de jogar pelo Meizhou Hakka, da China. Com pouco espaço no clube chinês, o jogador defendeu o Vitória na Série B de 2019 antes de chegar ao Santa Cruz no ano passado.

"Ouvia falar do Santa Cruz e da torcida, que enchia o estádio. Isso me deixava com uma vontade de vir, mas sabia que um dia chegaria esse momento. Fui bem abraçado pela torcida e pelos dirigentes. Foi um casamento perfeito! Só faltou o acesso para a Série B no ano passado", contou.

Feliz no clube pernambucano, o camisa 10 resolveu renovar o contrato para buscar o título da Copa do Nordeste e o acesso na Série C do Brasileiro.

 

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