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Sílvio Cunha

Caxias, Política e Sociedade

Liderança em cheque


A liderança do prefeito Fábio Gentil (Republicanos), conquistada por ter recebido cerca de 80 por cento dos votos válidos, na última eleição caxiense, será pela primeira vez testada através da posse da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Caxias, marcada para o final da noite do próximo dia 31 de dezembro. Até poucos dias atrás reticente em se pronunciar sobre o assunto, na tarde da última terça-feira, porém, o alcaide foi pessoalmente ao gabinete da CMC, para dizer ao presidente Catulé (Republicanos) que ele tem todo o seu apoio para se manter no cargo.

O prefeito informou também ao presidente do legislativo que recomendara ao recém-eleito vereador Teódulo Aragão (PP), candidato mais votado no pleito, e, como tal, candidato natural a postular a presidência da Câmara, a desistir de lançar sua candidatura no atual momento. Como avalista maior da eleição do primo, o prefeito deu a entender que a ascenção de TA ao comando da CMC, neste instante, talvez não seja o melhor para o interesse do seu grupo político, levando em conta, principalmente, que o jovem, agora político emergente, ainda não está suficientemente preparado para dirigir uma casa legislativa de porte, como a de Caxias.

Em outros tempos, um sinal do prefeito, nesse nível, acabaria com todo tipo de especulação e tudo estaria sob controle. Entretanto, não foi o que ocorreu nesses últimos dias. Na quarta-feira, TA foi à Câmara no meio da manhã, se avistou com o vereador Catulé, trazendo consigo um grupo expressivo de vereadores e dando uma demonstração de que não está disposto a seguir a recomendação de Fábio Gentil. O encontro reservado dos dois postulantes ao comando da CMC durou poucos minutos, mas a conversa talvez não tenha ocorrido em clima amigável, já que TA deixou o gabinete de Catulé com o semblante lívido, mal-estar que certamente só arrefeceu durante o almoço que partilhou por volta de meio dia com a vereança que o acompanhava.

O relato dos dois fatos mostra o cenário de tensão que continua a cercar a disputa pela presidência da Câmara de Caxias, para o biênio 2021/2022. Por conta disso, crescem especulações de todo o tipo. Há quem afirme que o prefeito disse uma coisa para Catulé e outra para Teódulo, adotando a postura de ficar bem com os dois, deixando a contenda somente entre ambos.

Há crédito também para os que acreditam que a rebeldia de Teódulo pode ser também uma estratégia gestada na própria prefeitura contra o poder desfrutado atualmente pelo vereador Catulé, sem falar que a escolha do prefeito pode ser também uma tentativa para refrear os ânimos mais exaltados de uma casa renovada em dois terços de seus quadros e recheada de neófitos da política com mandato, mas sem experiência, como há muito não se via, aqui na terra dos guanarés.

Em todo o caso, Fábio Gentil não terá problemas para prosseguir sua gestão pelos próximos quatro anos. Com a ajuda do amigo Catulé, ele não teve qualquer problema durante o primeiro mandato. Isso deve ter pesado em sua decisão. Vamos aguardar o desfecho da trama para saber, afinal, quem venceu e quem tem razão.


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