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Sílvio Cunha

Caxias, Política e Sociedade

Legislativo caxiense apresenta nova face


A Câmara Municipal de Caxias (CMC) realizou a sua primeira sessão ordinária de 2021 na última segunda-feira, 08, selando o início da 1ª sessão da 19ª Legislatura do Poder Legislativo Municipal. O encontro era aguardado com muita ansiedade, pelo menos por parte dos 11 novos vereadores que assumiram uma cadeira na casa. Mesmo com as restrições de circulação de pessoas por causa da pandemia do novo coronavírus ainda presente no município, a reunião foi presencial, sem a audiência do público que costuma frequentar as galerias, mas com acompanhamento da imprensa.

Atendendo pedido da grande maioria dos colegas, o presidente Teódulo Aragão (PP) decidiu deixar de lado a eventualidade das sessões remotas e conduzir o trabalho em modo presencial. Não obstante, agindo com acerto, baixou portaria no poder adotando os protocolos sanitários das autoridades e restringindo a circulação de pessoas. Para evitar aglomerações até que cessem os efeitos do decreto de calamidade pública assinado pelo prefeito Fábio Gentil (Republicanos), Teódulo Aragão estabeleceu que as sessões da casa somente irão acontecer nos dias de segunda-feira, a partir das 18 horas.

No pronunciamento que fez, abrindo a sessão, o novo presidente da CMC deixou bem claro que o legislativo municipal segue coeso com a ação dos demais poderes constituídos do município, principalmente no que diz respeito à pandemia, e que trabalhará em consonância com os interesses maiores da comunidade. Contudo, ele também foi cristalino ao revelar no plenário que, em sua gestão, a casa trabalhará guardando, ao mesmo tempo, a harmonia e a independência entre os poderes, dois pilares fundamentais sobre os quais se alicerçam o processo democrático.

A sessão inicial da legislatura durou aproximadamente duas horas, e nela discursaram todos os 19 vereadores no espaço reservado ao pequeno expediente. Os mais experientes da casa, vereadores Catulé e Antonio Ximenes, ambos do partido Republicanos, fizeram as honras da casa saudando os cinco colegas que renovaram seus mandatos, mas também os 11 novatos que adentraram ao plenário pela primeira vez.

Catulé e Ximenes se disseram emocionados pela lembrança dos distantes dias de 1989, quando os dois também assomaram pela primeira vez o plenário da CMC. Catulé disse que nem ia falar durante a sessão, apenas observar, mas assegurou que não pode se conter ao confirmar o peso que os novos quadros irão ter para a vida política de Caxias. Para o vereador decano da CMC, os novatos que chegam, alguns filhos de vereadores que foram seus colegas no espaço de 32 anos, são jovens que já demonstram que sabem o que querem e estão convictos em trabalhar para o progresso e o desenvolvimento de Caxias.

O primeiro encontro, porém, não se resumiu somente a troca de afagos discursais, ou momentos de agradecimento. Novatos como Professor Chiquinho (Republicanos) e Torneirinho (PV), por exemplo, já iniciaram mostrando muita disposição para a vida parlamentar. Prof. Chiquinho pediu que a casa funcione afinada para resolver as demandas do município, anunciando que já trabalha no levantamento de muitos dos códigos que regem a vida de Caxias que, a seu ver, já estão desatualizados. Para Torneirinho, em sua primeira participação, além da pandemia, o problema maior que o município enfrenta hoje é a falta de efetivos de segurança capazes de oferecer tranquilidade para a população, que está amedrontada pela ação diária de elementos criminosos em todo o município.

Em seu terceiro mandato, o vereador Durval Júnior (Republicanos) não perdeu tempo e adiantou na sessão que luta também para resolver a falta de segurança em Caxias. Na opinião do parlamentar, a Polícia Militar do Maranhão, que constitucionalmente é responsável pela segurança pública de Caxias, já trocou o comando do batalhão na cidade por três vezes nos últimos meses, como se só a substituição dos comandos do 2º BPMMA pudesse resolver a questão. “Falta aparato, falta logística aos PMs, e por isso proponho que nossa Guarda Municipal também se torne uma parte mais efetiva do processo, aparelhando-a convenientemente para poder enfrentar a marginalidade”, argumentou na ocasião.

A primeira reunião dos vereadores no legislativo também revelou outra demanda que está muito evidente e que é causa de preocupação na grande maioria das famílias caxienses: o que fazer com a educação escolar dos filhos em época de uma pandemia que exige o distanciamento social das pessoas.

O tema foi abordado pelo vereador Mário Assunção (Republicanos). Parlamentar experiente, em terceiro mandato, professor profissional, Assunção expôs aos colegas que as escolas particulares de Caxias, assim como as do Maranhão e as do restante do país, já estão assumindo aulas presenciais híbridas, para que seus alunos não sofram sequelas maiores do que as que já viveram por não assistirem aulas no ano de 2020.

Nesse sistema, parte das turmas vão à suas escolas numa semana, presencialmente, e outra parte na semana seguinte, levando consigo material para trabalharem em casa, usando computador e internet. “O uso do computador e da internet são os gargalos que muitas famílias caxienses estão enfrentando, simplesmente porque não possuem tais instrumentos à disposição de seus filhos. Imaginem a dimensão que esse problema assume na zona rural”, indagou o vereador, sugerindo que a Câmara de Caxias reedite uma comissão especial para tratar da situação, da mesma forma como exitosamente realizou ano passado, nos primeiros momentos da pandemia.

Um bom sinal, este que os vereadores locais ofereceram na primeira sessão do ano. Nossa população, decerto, espera que suas demandas possam receber a merecida atenção desses homens e mulheres que estão na CMC para falarem em seu nome, fiscalizar as ações administrativas da gestão e criarem melhorias que proporcionem o máximo de bem-estar a todos os caxienses.


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