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Sílvio Cunha

Caxias, Política e Sociedade

A força da representatividade


Pesando-se os atuais fatos políticos da cidade, é incontestável chegar-se à conclusão de que Caxias, para se reerguer em toda plenitude, precisa contar com o máximo de representantes nas esferas mais altas de decisão do país, que são as casas legislativas. Como estamos no momento distantes de colocar um de nossos representantes no Senado Federal, espaço que no passado foi ocupado por Alexandre Costa e João Castelo, as grandes expectativas de agora é ganhar espaço na Assembleia Legislativa Estadual e na Câmara Federal.

Essa ausência de representatividade ficou bem evidenciada pelo vereador Luís Lacerda (PCdoB), ao falar no meio da semana, na sessão ordinária de quarta-feira, 4, na Câmara Municipal, da luta que tem travado para fazer retornar as atividades do INSS em Caxias, após o prédio da entidade, na avenida Otávio Passos, ser considerado impróprio para atender funcionários e usuários pelas autoridades que compõem a Defesa Civil da cidade. 

Ao expor a dificuldade para resolver a demanda, que não é somente dos caxienses, mas de todos os demais municípios na área do entorno da Princesa do Sertão Maranhense, Lacerda destacou que o retorno das atividades do órgão depende da ajuda de um parlamentar federal, já que esse tipo de problema só pode ser resolvido em Brasília. Para seguir levando adiante a missão, o vereador destacou o apoio que tem recebido do deputado federal Cleber Verde (Republicanos), votado na cidade, cuja presença, já agendada, é aguardada com ansiedade, para equacionar uma solução ao problema em questão.

Interessante é constatar que Caxias, na época que o falecido deputado Humberto Coutinho ditava as regras na região, concorreu fortemente para eleger duas candidaturas ao Senado Federal, os atuais senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (Cidadania), mais o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB), cerca de oito anos atrás. Entretanto, da lavra desses parlamentares pouco ou nada chegou ao município, haja vista que, atrelados e valorizando perfis ideológicos, tornaram-se políticos apenas de conversa e baixa produtividade no que tange a atender às reivindicações do eleitorado caxiense, dentre as quais a reativação do INSS local é apenas um detalhe.

Na Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA), até à chegada da famigerada covid-19 no município, eram três representantes. A pandemia, no entanto, tirou o deputado Zé Gentil - que representava do governo municipal chefiado pelo filho, Fábio Gentil (Republicanos) -, do nosso convívio, deixando o peso das responsabilidades sobre as costas dos deputados Adelmo Soares (PCdoB) e Cleide Coutinho (PSD). 

Os dois, ao contrário do pessoal instalado nas câmaras mais altas, que tem dificuldade de interlocução com o governo federal, pelo que consta, não têm qualquer problema de afinidade e espaço com o governador Flávio Dino (PSB). No entanto, a atuação de ambos para o município é pífia, passando ao eleitorado a impressão de que são adeptos da filosofia do individualismo político, que só prejudica o povo caxiense, haja vista que a torcida dos correligionários é para nada dar certo na presente gestão municipal.

Não é à toa que o prefeito Fábio Gentil, sentindo esse clima, já aposta até em propostas familiares para ocupar o espaço tão necessário aos interesses maiores do município sob sua direção, através da candidatura da filha, Amanda Gentil, para a Câmara Federal, e do primo, Teódulo Aragão (PP), atual presidente do legislativo municipal, para a ALEMA.

Que os partidários do individualismo político em Caxias se cuidem, pois correndo por fora, felizmente, tem gente se capacitando para retirar-lhes as vagas. Um dos pretendentes, por exemplo, é o atual secretário de Estado de Turismo, o caxiense Catulé Júnior (PSB), que brilha e se fortalece na atual gestão estadual.

E assim, diante da possibilidade de uma mudança radical no cenário, talvez os caxienses deixem de falar que aqui é a terra do já teve, porque, deixando de lado o pessimismo da afirmação, em nenhuma época assistiu-se Caxias perder tanta representatividade.

Basta observar que a agência da Receita Federal foi reduzida a um posto de serviço; que a extinta CEMAR, hoje Equatorial Energia, transferiu seu escritório para Timon; que o Banco do Brasil fechou a agência do bairro Cangalheiro; e, agora, o INSS local, de portas fechadas, funcionando de forma precária, forçando seus beneficiários da região a procurarem assistência em outros municípios.


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