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Wybson Carvalho

Recanto do Poeta

Um pouco da história dos santos juninos e das tradições nordestinas


Santo Antônio, considerado o 'Santo Casamenteiro', é o primeiro homenageado do mês com suas trezenas (13 noites de reza, de 1º a 13 de junho).

O ritual é realizado paralelamente em inúmeras Casas e Igrejas pelos devotos.

Segundo uma antiga lenda, o Santo português -que teria nascido em 1195 e morrido em 13 de junho de 1231- ajuda as mulheres e homens que estão "condenados" a ficar solteiros a realizar os tão sonhados casamentos.

A tradição de rezar para Antônio é passada de pai para filho ou de mãe para filha. Em cidades como a capital da Bahia, Salvador, o hábito de reverenciar o Santo casamenteiro que carrega nos braços o Menino Jesus ainda está presente em alguns lares familiares. Mas, no interior dos Estados do Nordeste, ainda a maioria dos católicos preserva esse costume.

Os devotos que perdem a paciência acrescentam algumas simpatias ao hábito de rezar por 13 noites. A principal delas é colocar a imagem de Santo Antônio de ponta-cabeça, mergulhada em um recipiente com água, até o dia do casamento.

O segundo e principal Santo católico reverenciado pelos nordestinos é São João, cuja data, 24 de junho, é feriado regional. Além das celebrações católicas, a data é comemorada a partir da noite do dia 23 com muitas festas animadas, com fogueira, fogos de artifício e forró e regadas a bebidas e comidas típicas, como bolos, doces, licores, milho (cozido e assado na fogueira), canjica e quentão.

Segundo historiadores, a tradição das festas juninas - que antes eram chamadas de joaninas - surgiu na Europa durante o século 14. No Brasil, de acordo com o antropólogo Roberto Albergaria, os costumes de homenagear os Santos do mês de junho foram trazidos pelos portugueses e readaptados com a inserção de valores de negros e indígenas, como o Bumba Meu Boi e Boi Bumbá, a utilização da mandioca para a composição de pratos típicos e algumas danças.

A tradição das fogueiras também foi trazida do continente europeu e representava o aviso a Maria do nascimento de João, filho de sua prima Isabel. Os fogos de artifício, por sua vez, representam para alguns o despertar de João. Em Portugal, o uso das bombas e rojões serve para espantar os maus espíritos.

Não menos popular que São João e Santo Antônio, São Pedro é o último a receber as homenagens durante o mês de junho. São Pedro, homenageado no dia 29, o principal apóstolo de Jesus Cristo é fiel depositário de todas as esperanças de chuva dos nordestinos.

Segundo a tradição, é obrigação dos viúvos e das viúvas acender uma fogueira na porta de casa durante a noite do dia 29. O dia de São Pedro também representa o fim do principal período festivo dos municípios do interior do Nordeste.

Mas, no Maranhão o dia 30 de Junho é festejado como o dia de São Marçal, e, na capital, São Luis, mais de 300 grupos/batalhões de Bumba Meu Boi, saem em desfile dos locais de apresentação e se reunem, na Avenida São Marçal, bairro João Paulo, durante todo o dia festejanndo ao Santo protetor deles; os grupos de Bumba Meu Boi do Maranhão!


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