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Wybson Carvalho

Recanto do Poeta

Canto ao Exílio em Caxias


Em minha cidade havia palmeiras e canto de sabiás

Nela, exalava o perfume dos jardins urbanos

Dela, se ouvia a linguagem singela do cotidiano

Com a minha cidade crescia a romântica pregação dos poetas

 

A inimizade humana passava por sobre ela

em nuvens sob eólica turbulência rumo a outras plagas,

para se derramar noutros cenários prenhes de social ganância

 

A ela, em minha infância, ouvi sinfonias nas horas iniciais

de um futuro desenhado com cores de abandono

Agora, que árvore dará abrigo a outros pássaros canoros,

para entoarem um canto de saudade?

 

Mas,

Sou um kármico pertencimento humano a ti torrão exilado

quero para sempre te pertencer

grão de areia no teu chão sob um sol cáustico

barro escondido nas paredes da construção de tua eternidade

A ti

eis o que sou

Em ti

eis onde estou

 

E

quando a minha matéria inválida tombar

obediente à natureza cumprida

e imergir no teu barro…

Estórias de liberdade

serão tecidas sobre o ser

que não mais está cíclico ao meio…

 

Pois,

livre é o ser sem estar

e sido em sendo o verbo,
ainda.


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